ATA DA DÉCIMA NONA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA
ORDINÁRIA DA DÉCIMA PRIMEIRA LEGISLATURA EM 12.12.1996.
Aos doze dias
do mês de dezembro do ano de mil novecentos e noventa e seis, reuniu-se, na
Sala de Sessões do Palácio Aloisio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre.
Às nove horas e quinze minutos foi realizada segunda chamada sendo respondida
pelos Vereadores Airto Ferronato, Antonio Hohlfeldt, Artur Zanella, C1ênia
Maranhão, C1óvis Ilgenfritz, Dilamar Machado, Edi Morelli, EIói Guimarães,
Fernando Záchia, Guilherme Barbosa, Helena Bonuma, Isaac Ainhorn, João Dib,
João Motta, João Verle, Jocelin Azambuja, José Valdir, Lauro Hagemann, Luiz
Braz, Luiz Negrinho, Maria do Rosásio, Milton Zuanazzi, Nereu D'Ávila, Paulo
Brum, Pedro Américo Leal, Pedro Ruas, Raul Carrion, Reginaldo Pujol e Wilton
Araújo. Constatada a existência de "quorum", o Senhor Presidente
declarou abertos os trabalhos. À MESA foram encaminhados: pelo Vereador
Guilherme Barbosa, 01 Pedido de Informações nº 154/96 (Processo nº 3065/96);
pelo Vereador Luiz Braz, 03 Pedidos de Informações nºs 150, 151 e 152/96
(Processos nos 3038, 3039 e 3045/96)e 01 Pedido de Providências; pelo Vereador
Mano Fraga, 01 Emenda nº 01 ao Projeto de Resolução nº 32/96 (Processo nº
3112/96). A seguir, o Senhor Presidente apregoou as Licenças para Tratamento de
Saúde, dos Vereadores Décio Schauren, nos dias doze e treze do corrente e do
Vereador Giovani Gregol, no dia de hoje, dando posse aos Suplentes Gérson
Almeida e João Pirulito, informando que Suas Excelências integrarão as
Comissões de Educação, Cultura e Esportes e Defesa do Consumidor e Direitos
Humanos, respectivamente. Em PAUTA estiveram: em Discussão Preliminar, 1ª
Sessão, o Projetos de Resolução nº 32/96, discutido pelos Vereadores Isaac
Ainhorn, Mário Fraga, Luiz Braz e Antonio Hohlfeldt; em 2ª Sessão, o
Substitutivo nº 01 ao Projeto de Lei do Legislativo nº 166/96, o Projeto de Lei
do Legislativo nº 172/96, o Projeto de Resolução nº 31/96 e o Projeto de Lei do
Executivo nº 71/96. Constatada a existência de "quorum" iniciou-se a
ORDEM DO DIA. Em prosseguimento, foi aprovado Requerimento do Vereador Luiz
Braz, que solicita a votação dos Requerimentos antes da Ordem do Dia. Em
continuidade, foi aprovado Requerimento do Vereador José Valdir, solicitando
que após os Requerimentos inicie-se a votação dos projetos que referentes a
concessão de títulos e nome de ruas. A seguir, foi aprovado Requerimento do
Vereador Nereu D'Ávila que solicita prioridade de votação do Projeto de Lei do
Legislativo nº 12/96, com votos contrários dos Vereadores João Verle, José
Valdir, Helena Bonumá e Maria do Rosário. A seguir, foi aprovado Requerimento
do Vereador Milton Zuanazzi, que solicita a redução do tempo de discussão e
encaminhamentos. Em continuidade. foi aprovado Requerimento do Vereador Isaac
Ainhorn, que solicita a audiência da Comissão de Constituição e Justiça e
Comissão de Economia, Finanças e Orçamento. Em prosseguimento, foi aprovado
Requerimento do Vereador Giovani Gregol, que solicita a constituição de uma
Comissão Especial para elaboração de projeto alternativo ao Projeto Gaúcho
Grande do Sul. Em continuidade. reiniciou-se a ORDEM DO DIA. Em Discussão Geral
e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 143/96. Em Discussão
Geral e Votação, foi aprovado, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores
Nereu D'Ávila e Clóvis Ilgenfritz, o Projeto de Lei do Legislativo nº 146/96.
Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº
161/96. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do
Legislativo nº 163/96. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado, o Projeto de
Lei do Legislativo nº 165/96, por vinte e seis votos SIM, votando os Vereadores
Airto Ferronato, Antonio Hohlfeldt, Artur Zanella, C1ênia Maranhão, C1óvis
Ilgenfritz, Dilamar Machado, Edi Morelli, Elói Guimarães, Fernando Záchia,
Helena Bonuma, Isaac Ainhorn, João Dib, João Verle, Jocelin Azambuja, Luiz
Braz, Luiz Negrinho, Milton Zuanazzi, Nereu D'Ávila, Paulo Brum, Pedro Américo
Leal, Pedro Ruas, Raul Carrion, Reginaldo Pujol e Wilton Araújo. Em Discussão
Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução nº 28/96. Em Discussão
Geral e Votação, foi aprovado o Substitutivo nº 01 ao Projeto de Lei do
Legislativo nº 12/96, após ser discutido pelos Vereadores Nereu D'Ávila, José
Valdir, Maria do Rosário, Antonio Hohlfeldt, João Dib, Reginaldo Pujol,
Guilherme Barbosa, Milton Zuanazzi, encaminhado à votação pelos Vereadores
Jocelin Azambuja, Maria do Rosário, Antonio Hohlfeldt, Airto Ferronato, Dilamar
Machado e Reginaldo Pujol, em votação nominal solicitada pelo Vereador Antonio
Hohlfeldt, por dezenove votos SIM, sete votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO, votando Sim
os Vereadores Airto Ferronato, Antonio Hohlfeldt, Artur Zanella, C1ênia
Maranhão, Dilamar Machado. Elói Guimarães, Fernando Záchia, João Dib, Jocelin
Azambuja, Luiz Braz, Luiz Negrinho, Milton Zuanazzi, Nereu D'Ávila, Paulo Brum,
Pedro Américo Leal,Pedro Ruas, Raul Carrion, Reginaldo Pujol, Wilton Araújo,
votando Não C1óvis Ilgenfritz, Edi Morelli, Guilherme Barbosa, João Motta, João
Verle, José Valdir, Raul Carrion e optando pela Abstenção o Vereador Guilherme
Barbosa, determinando a prejudicialidade do projeto. A seguir, foi aprovado o
destaque dos incisos I e II, do artigo 4º do Substitutivo nº 01 ao Projeto de
Lei do Legislativo nº 12/96, em votação nominal solicitada pelo Vereador
Jocellin Azambuja, por dezesseis votos SIM, doze NÃO, votando Sim os Vereadores
Airto Ferronato, Antonio Hohlfeldt, Artur
Zanella, Clênia Maranhão, Dilamar Machado, Elói Guimarães, João Dib, João Verle, Jocelin Azambuja, Luiz Negrinho,
Milton Zuanazzi, Nereu D'Ávila, Pedro Américo Leal, Pedro Ruas, Reginaldo
Pujol, Wilton Araújo e Não os Vereadores C1óvis Ilgenfritz, Guilherme Barbosa,
João Motta, João Verle, Jocelin Azambuja, José Valdir, Luiz Braz, Maria do
Rosário, Paulo Brum, Raul Carrion, Gérson Almeida e João Pirulito. A seguir,
foram aprovadas as Emendas nºs 01,02,03,04,05,06,07,08,09 e 10 ao Projeto de
Lei do Legislativo nº 12/96. Em Votação Nominal, 1º Turno, foi aprovado o
Projeto de Emenda a Lei Orgânica nº 04/96, por vinte e oito votos SIM e 01
ABSTENÇÃO, votando Sim Airto Ferronato, Antonio Hohlfeldt. Artur Zanella,
C1ênia Maranhão, CIóvis Ilgenfritz, Dilamar Machado, Edi Morelli, Elói
Guimarães, Fernando Záchia, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Isaac Ainhorn,
João Dib, João Motta, João Verle, Jocelin Azambuja, Lauro Hagemann, Luiz Braz,
Luiz Negrinho, Maria do Rosário. Milton Zuanazzi, Nereu D'Ávila, Paulo Brum,
Pedro Américo Leal, Pedro Ruas, Raul Carrion, Reginaldo Pujol e Wilton Araújo e
optando pela Abstenção o Vereador José Valdir. Em Discussão geral e Votação,
foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 03/94 com a Emenda
nº 01. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado, após ser encaminhado à
votação pelos Vereadores Antonio Hohlfeldt e Helena Bonumá, o Substitutivo nº
03 ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 34/94, por vinte e nove
votos SIM, votando os Vereadores Airto Ferronato, Antonio Hohlfeldt, Artur
Zanella, C1ênia Maranhão. C1óvis Ilgenfritz, Dilamar Machado, Edi Morelli, Elói
Guimarães, Fernando Záchia, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Isaac Ainhorn,
João Dib, João Motta, João Verle, Jocelin Azambuja, José Valdir, Lauro
Hagemann, Luiz Braz, Luiz Negrinho, Maria do Rosário, Milton Zuanazzi. Nereu
D'Ávila, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Pedro Ruas, Raul Carrion, Reginaldo
Pujol e Wilton Araújo. Às doze horas e trinta minutos, constatada a
inexistência de "quorum", o Senhor Presidente declarou encerrados os
trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Extraordinária do
dia de hoje, às quatorze horas e trinta minutos. Os trabalhos foram presididos
pelos Vereadores Isaac Ainhorn, Mário Fraga, Fernando Zachia e secretariados
pelo Vereador Luiz Negrinho, Mário Fraga, este último como Secretário "ad
hoc". Do que eu, Fernando Záchia, 1º Secretário, determinei fosse lavrada
a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por
mim e pelo Senhor Presidente.
ERRATA
ATA DA DECIMA NONA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA QUARTA SESÃO LEGISLATIVA
ORDINÁRIA DA DÉCIMA PRIMEIRA LEGISLATURA EM 12.12.1996
- Quando do registro do período de Pauta, 2a Sessão, onde se lê
"(...) e o Projeto de Lei do Executivo nº 71/96(...)", leia-se
"(...)e o Projeto de Lei do Executivo nº 71/96, este discutido pelo
Vereador Elói Guimarães(...)".
- Quando do registro da Ordem do Dia, o resultado correto da votação do
destaque dos incisos I e II, do artigo 4º do Substitutivo nº 01 ao Projeto de
Lei do Legislativo nº 12/96 é o seguinte: foi aprovado por quinze votos SIM e
doze votos NÃO, tendo votado Sim os Vereadores Airto Ferronato, Antonio
Hohlfeldt, Artur Zanella, C1ênia Maranhão, Dilamar Machado, Elói Guimarães,
João Dib, Luiz Negrinho, Mário Fraga, Milton Zuanazzi, Nereu D'Ávila, Pedro
Américo Leal, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Wilton Araújo e Não os Vereadores
C1óvis Ilgenfritz, Guilherme Barbosa, João Motta, João Verle, Jocelin Azambuja,
José Valdir, Luiz Braz, Maria do Rosário, Paulo Brum, Raul Carrion, Gérson Almeida
e João Pirulito.
- Durante a Ordem do Dia, quando dos registros referentes ao Projeto de
Lei do Legislativo nº 12/96, onde se lê "(...)A seguir, foram aprovadas as
Emendas nºs 01, 02, 03, 04, 05, 06, 07, 08, 09 e 10 ao Projeto de Lei do
Legislativo nº 12/96(...)", leia-se "(...)A seguir, foram aprovadas
as Emendas nºs 01, 02, 03, 04, 05, 06, 07, 08, 09 e 10 ao Projeto de Lei do
Legislativo nº 12/96, tendo apresentado Declaração de Voto a Vereadora Maria do
Rosário(...)".
O SR. PRESIDENTE (Isaac Ainhorn): Havendo
quórum, passamos ao período de
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
1ª SESSÃO
PROC. 3112/96 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 032/96, de autoria da Mesa
Diretora, que altera a Lei nº. 5811, de 08.12.1986, que estabelece o Sistema de
Classificação de Cargos e Funções da Câmara Municipal de Porto Alegre. (classes
de Assistentes e Assessores Legislativos)
2º SESSÃO
PROC. 2837/96 - SUBSTITUTIVO Nº 01 ao PROJETO DE LEI
DO LEGISLATIVO Nº 166/96, ambos de autoria do Ver. Antonio Hohlfeldt, que oficializa, no Município
de Porto Alegre, o "Projeto Histórias de Trabalho", e dá outras
providências.
PROC. 2953/96 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº
172/96, de
autoria do Ver. Paulo Brum, que
altera o Art. 20 da Lei 7.509, de 04 de outubro de 1994, que dispõe sobre a confecção
de carimbos ou congêneres nas casas do ramo, no âmbito do Município de Porto
Alegre.
PROC. 3078/96 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 031/96, de autoria da Mesa
Diretora, que altera a Resolução nº 1321, de 08 de agosto de 1996, que cria
cargos de Assessor Técnico Especial no Quadro de Cargos em Comissão e Funções
Gratificadas da Câmara Municipal de Porto Alegre, e dá outras providências.
PROC. 3114/96 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº
071/96, que
autoriza o Poder Executivo Municipal a contratar concessão de uso com a Empresa
BR PETROBRÁS DISTRIBUIDORA S/A, e dá outras providências.
O SR. PRESIDENTE (Mário Fraga): O Ver. Isaac Ainhorn está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. ISAAC AINHORN: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores. Na pauta, em 1ª Sessão, o Projeto de Resolução nº 32/96, Processo
3112/96 Projeto de autoria da Mesa Diretora , que altera a Lei nº 5881/96, que
estabelece sistema de classificação de cargos e funções da Câmara Municipal de
Porto Alegre.
Em relação a esse Processo, manifesto-me em período de Pauta, até
porque esse Projeto foi assinado pelos meus colegas de Mesa e eu não o assinei.
Curvei-me, democraticamente, à manifestação de meus colegas de Mesa, até
porque, embora reconhecendo a existência de inúmeras questões de classificação
de cargos e defasagem salarial nesta Casa, deixei de assiná-lo. Fui tomado de
algumas dúvidas jurídicas, que não me convenceram na sua plenitude da
legalidade dessa matéria do ponto de vista constitucional. Tenho para mim que,
constitucionalmente, Ver. Elói Guimarães, me assaltam algumas dúvidas razoáveis
quanto ao Projeto.
O próprio Projeto diz que o processo não traz qualquer ônus aos cofres
públicos. Não tenho essa convicção, também.
Por essa razão, sem querer obstaculizar a tramitação do projeto, até
porque não obstaculizei, permiti, na condição de Presidente da Casa, que ele
tramitasse. O Projeto de Resolução tem uma tramitação num processo legislativo
diferente dos demais; inclusive não passa pela Comissões Permanentes da Casa.
Eu recebi, há um certo tempo, uma manifestação dos funcionários da Casa,
interessados no assunto; levei a um dos meus assessores, que não me convenceu,
do ponto de vista do nosso debate, de forma conclusiva em relação a este
assunto.
Este Projeto está tramitando e está em pauta, sem prejuízo da sua
tramitação, e durante essas 48 horas podem ser tomadas algumas medidas. O
Projeto de Resolução independe de Parecer das Comissões Permanentes da Casa;
portanto, corre pauta e vem imediatamente ao Plenário. Então, eu não assinei
este Projeto de Resolução. Tenho dúvidas legais, inclusive quanto se há
repercussão financeira ou não. Não fui convencido de forma plena. Então, qual a
proposta que eu apresento? Diz que o Projeto elaborado pela Mesa será após a
pauta, independente de Parecer, incluído na Ordem do Dia, salvo Requerimento
aprovado pelo Plenário solicitando audiência de Comissão Permanente. Eu entendo
que um Projeto que envolve funcionários da Casa, por uma questão de cautela,
que é a característica e a marca desta Casa, nós deveríamos ouvir, pelo menos,
duas Comissões Permanentes. A CCJ, para se expressar se está claro, do ponto de
vista legal, e a CEFOR, para dizer se há ou não repercussão financeira.
Esta legislatura tem uma marca muito forte, tanto das suas Mesas
Diretoras como de seus Vereadores, de ter mantido uma imagem de alta
respeitabilidade da sociedade porto-alegrense. Dai as significativas votações,
mesmo dos Vereadores que não se reelegeram, nas últimas eleições municipais. Eu
estou apresentando um Requerimento, porque a ouvida das Comissões Permanentes
em Projeto elaborado pela Mesa depende de Requerimento aprovado pelo Plenário.
Eu estou apresentando um agora, até porque o Ver. Luiz Braz havia me consultado
sobre a oportunidade ouvir a procuradoria da Casa nos autos. Fui informado de
que nos autos não está prevista a manifestação da Procuradoria. mas está
prevista a manifestação das Comissões Permanentes da Casa razão pela qual,
neste momento, em Pauta o Projeto, quero comunicar que ingressei com um
Requerimento assinado por este Presidente, para que possamos, de forma
tranqüila, votar este Projeto tendo os pareceres da Comissão de Constituição e
Justiça e da Comissão de Finanças e Orçamento da Casa. Então, dessa forma,
teremos encaminhamento tranqüilo desse Projeto. Concluindo, era esta a
manifestação que gostaria de externar ao conjunto dos meus colegas Vereadores
nesta Casa com a responsabilidade inerente ao cargo que ocupo de Presidente
desta Casa. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para discutir a pauta.
SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente e Srs.
vereadores, a matéria em discussão e Pauta refere-se ao Muro da Mauá. Ontem,
tivemos a oportunidade de debater e questionar com o Secretário Estadual dos
Transportes sobre o Projeto relacionado com a questão da ocupação daquela área.
Tivemos que fazer alguns questionamentos, que não foram respondidos, ou a juízo
deste Vereador, suficientemente respondidos. Achamos que ainda definitivamente:
não se sepultou a idéia vigente dos países desenvolvidos que é a utilização da
hidrovia como sistema de transporte, aliás o sistema mais barato, que os países
desenvolvidos e em desenvolvimento utilizam largamente. Também a ferrovia foi,
infelizmente, colocada à margem. Adotou-se, no Brasil, a partir de 50, com a
indústria automobilística, a matriz rodoviária, ou seja, tinha que se fazer
rodovias para se escoar a produção. Foi bom, não foi bom, eu acho que têm os
seus aspectos positivos. Mas, naquele momento, o Brasil sofria- na sua
estrutura - uma capitis, um verdadeiro bloqueio no seu desenvolvimento. Um pais
que, como o nosso, é comum ver-se aqui do Rio Grande sair um caminhãozinho e
levar feijão à Belém do Pará. Como é que um pais vai se desenvolver nesses
termos? A questão é o porto que, parcialmente, será desativado - pelo menos - o
cais Mauá. Eu queria saber se, efetivamente, este cais está definitivamente
encerrado? Esta resposta não tivemos, Sr. Presidente e Srs. Vereadores. Por
outro lado, face à colocação do engenheiro , estamos seguros de que o rio não
transbordará? Isto não ficou respondido, porque admite o projeto que se faça um
muro utilizando pilares com plaquetas móveis. E a terceira questão, é para mim
fundamental: é a superposição, é transito na ponta da península. Nós temos
problemas complexos e eu tive a oportunidade de, ao longo do tempo, examinar um
conjunto de questões ligadas ao trânsito de Porto Alegre. Porto Alegre é uma
cidade problemática do ponto de vista da circulação de trânsito. O centro de
Porto Alegre está na ponta da península e tudo converge para o centro da
cidade. Agora vai-se criar um pólo, um belo projeto, que terá grande
atratividade, grandes demandas. E essas demandas, evidentemente, se fazem pelo
transporte, seja pelo transporte coletivo, individual, seletivo. São as
preocupações que eu coloco, quando o projeto de autoria do Ver. Nereu D'Ávila
pretende derrubar o muro da Mauá. Eu vou pedir uma comissão nesta Casa para
debatermos esta questão que é extremamente fundamental para os interesses
gerais da cidade; uma sobrecarga de demanda do trânsito em Porto Alegre que,
todos sabem, apresenta uma retenção imensa, até já se encontrou um bode
expiatório para o trânsito de Porto Alegre, que foi a rodoviária. Imaginem um
projeto daquela natureza, que é um belo projeto, hotéis, marinas, espaços
recreativos, só que a localização dele, esta Casa, com a responsabilidade que
tem de traçar politicamente os destinos da cidade, vai ter que debater
longamente esse projeto. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Isaac
Ainhorn):
Ver. Mário Fraga está com a palavra.
O SR. MÁRIO FRAGA: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores. Venho à tribuna para falar sobre o Processo 3112, Projeto de
Resolução nº 032, de autoria da Mesa diretora, com exceção do presidente, os
outros cinco vereadores da Mesa concordam com o projeto e este vereador que
está na tribuna foi um dos que levou adiante o processo. O vereador presidente,
com todo respeito, alega que há dúvidas. Ora vejam o meu caso, saindo da Casa,
se eu correria o risco de apresentar ou de encaminhar algum processo nesta Casa
no penúltimo dia de legislatura, que fosse inconstitucional, Estou fazendo isso
e avisando aos demais vereadores porque consultei a procuradora da Casa, Dra.
Marion e o companheiro Luiz Afonso, advogado e um dos responsáveis pelos
processos na Casa. Um processo que não cria despesa da Casa, é apenas uma
reclassificação de cargos para que os funcionários, em torno de sessenta
pessoas, consigam uma progressão nesta Casa. Outros processos entraram,
inclusive o Processo nº 3114/96, do Executivo, que entrou direto em Pauta e
hoje está em segunda Sessão e, possivelmente amanhã vai ser votado. Uma coisa
vale para uns e não vale para outros. Gostaria que todos refletissem e tirassem
suas dúvidas com os representantes da Casa neste momento, que chamassem a Dra.
Marion, o Luiz Afonso e os demais funcionários que estão nesta luta, pois
chamar agora uma comissão e pedir requerimento do Vereador-Presidente, já falei
que sou contra esse requerimento e não é nada pessoal. Estamos em uma luta em
campos opostos neste momento e até o fim da legislatura vou sair daqui com a
cabeça levantada. Jamais apresentaria no final de meu mandato, um processo
inconstitucional. Peço aos Vereadores que reflitam sobre esse requerimento do
Vereador--Presidente Isaac Ainhorn. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Esta Presidência informa
que em face do final da legislatura e da Sessão Legislativa, tem colocado em
Pauta todos os projetos que têm ingressado, inclusive aqueles que exigem a
audiência da Auditoria e, inclusive, um Projeto de Resolução que não obedeceu
prazos, mas que a urgência se impõe do ponto de vista do processo legislativo.
Está com a palavra o Ver, Luiz Braz, para discutir a Pauta.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores e Srs. funcionários que estão aqui presentes, eu gostaria que os
senhores prestassem atenção para o que vamos dizer aqui esta tribuna, porque
vou referir-me ao tempo em que fui Presidente da Casa, em 1994. Naquela época,
houve uma primeira tentativa dos funcionários da Casa de conseguir esta
ascenção vertical. Naquela época, nós recebemos a investida do Ministério
Público, que nos denunciava, e fomos obrigados a nos defender da acusação de
estarmos agindo mal com os recursos públicos. Nós conseguimo-nos defender
porque o concurso interno que foi feito na Casa não foi homologado; as pessoas
não foram investidas nos seus cargos. Agora, os funcionários querem, através de
projeto - gostaria que o Ver. Mário Fraga prestasse atenção nisso -, passar os
Assistentes Legislativos, cargo para o qual é exigido o 2º grau, a Assessores
Legislativos , cargo para o qual é exigido o diploma de curso superior. Se esse
projeto for examinado à luz do Direito e da Constituição, ele não resistirá.
Tenho que ter honestidade - e sempre a tive - para dizer que esta Casa
não pode cometer esse crime contra o Presidente - ele será o responsável, e
estamos em final de Legislatura -, transformando um cargo para o qual é exigido
o 2º grau em outro para o qual se exige o curso superior. É isso que está no
Projeto, mas o restante tem que estar também explicitado. Em 94, nós recebemos
a investida do Ministério Público e tínhamos sido orientados pela Procuradora
da Casa, que, é claro não é infalível. Não estou acusando a Procuradora da
Casa, mas, na época, ela tinha-me orientado que eu poderia fazer o Concurso
interno para a ascenção vertical, e quase fui vítima inocente de uma ação que
visava apenas fazer aquilo que me foi orientado, que era o correto; e o que o
Projeto, agora, diz, é aquilo que foi tentado através de um concurso interno.
Esse Projeto pega o Assistente Legislativo e passa-o para Assessor Legislativo,
e cria mais outros três patamares de Assessores Legislativos, que vai até o 3;
este cria mais o 4, 5 e 6. Se ficar explicitado no Projeto que o Assistente
Legislativo apenas muda de nome, mas que o provimento se dará da mesma forma
como se dá agora - e isto não está no Projeto, o- Projeto ficará correto,
Enquanto isso não for colocado no texto do Projeto, ele estará incorreto, pois
vai gerar interpretações dúbias futuramente. Tem que ser colocado no corpo do
Projeto, e enquanto isso não for feito, estará errado, e o Presidente da Casa é
quem responderá por isso. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Antonio Hohlfeldt
está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente e Srs,
Vereadores, quero ocupar-me do Projeto de Resolução nº 031/96, da Mesa
Diretora, que prevê a manutenção da atual Assessoria Técnica para as diferentes
bancadas e comissões da Casa, tendo em vista a questão do Plano Diretor da
Cidade de Porto Alegre. Está previsto, para o próximo dia 15 a entrega do
relatório produzido pelo grupo técnico que trabalhou, nesses primeiros meses no
assessoramento dos Vereadores, trabalho esse que foi acompanhado por diversos
Vereadores. Fizemos uma série de debates, recebemos uma série de depoimentos,
de documentos de instituições da Cidade de Porto Alegre. E nesse processo todo,
apenas me chamou atenção o silêncio da Bancada do Partido dos Trabalhadores,
tanto pela ausência dos Vereadores nas reuniões previstas, quanto omissão ao
debate, ou pôr desconhecerem o Projeto, ou por estarem tão tranqüilos com os
seus 14 Vereadores de Bancada no ano que vem, que imaginam poderem votar o
Projeto tratorando o Plenário. Essa é uma preocupação que eu tenho, Sr.
Presidente.
E quero, aqui, ressalvar a postura do Secretário Burmeister. O
Secretário Burmeister compareceu praticamente a todos os debates, muitas vezes
independentemente do convite, enfrentou a discussão com absoluta tranqüilidade.
E pelo menos, Ver. Jocelin Azambuja, nos deu duas antecipações que eu acho que
são significativas, uma delas inclusive na última reunião, quando estavam
presentes o Ver. Giovani Gregol e o Ver. Clovis Ilgenfritz.
Aquele Projeto de Resolução que protocolamos, que modifica Regimento e equipara o Projeto de Plano
Diretor ao Projeto de Lei Orgância, para tramitação na Casa, mudando,
evidentemente o quórum de votação, mudando o procedimento de tramitação, com
comissão especial, possibilitando a participação do fórum e entidades
populares, como tivemos, aqui, ao longo da Lei Orgânica em 1990, foi
absolutamente aprovado pelo Secretário. E foi aprovado também, diga-se de
passagem, pelas entidades populares entre as quais a UAMPA e a FRACAB, que se
encontravam presentes aqui no nosso Plenário. Por outro lado, admitiu também, o
Secretário, que recolhido o Relatório da Casa e recebidos os documentos das
diferentes entidades, entre as quais a Faculdade Ritter dos Reis, e outros
cursos que analisaram o documento, a Secretaria do Planejamento mostra-se
disponível para revisar posições, se assim for necessário, enviando mensagens
retificativas ou acertando, posteriormente, com a Câmara a emissão de emendas.
Eu, pessoalmente, entendo que no final dos trabalhos, se esta Casa tiver a
liberdade de atuar dentro do previsto, nós deveremos, na verdade, produzir o
substitutivo final substitutivo que será, tanto quanto possível, consensual,
como ocorreu com o processo do Plano Diretor de 79, quando ao longo de 9 meses
, através da relatoria do Ver. Brochado da Rocha, assessorado pelo Dr. Petersen
e com a participação de todo o segmento do Executivo Municipal de então,
acabou-se produzindo um longo substitutivo que manteve aquilo que era
consensual, modificou o que era polêmico, e conseguiu-se a edição de um Plano
que de fato foi importante para a cidade de Porto Alegre. Não é opinião
exclusiva deste Vereador, mas é o julgamento dos técnicos da área do IAB, de
planejadores urbanos da Cidade, que responde pela boa qualidade de vida, pela
presença de verde, pela distribuição de atividades que a Cidade de Porto Alegre
possui no seu território.
Eu acho que, para aqueles Vereadores que tinham dúvidas sobre a
propriedade e a oportunidade da contratação dessa assessoria técnica, as
bancadas e a Câmara responderam com objetividade. O documento que foi produzido
e que será entregue e de qualidade, ajuda no debate e acho que, por isso mesmo
o cronograma de trabalho que deverá ser seguido pela Casa logo que empossados
os novos Vereadores, constituídas as novas bancadas e nomeados os novos
técnicos, porque, evidentemente, vai haver trocas, alguns serão mantidos,
outros serão mudados pela própria modificação da composição de bancadas, deverá
ser montado de imediato, e que essa comissão, com a participação dos
Vereadores, embora no recesso parlamentar, redija aquilo que poderia ser um
pré-substitutivo ou levante aquelas questões básicas dando novas formas de
redação, com novos conteúdos, àquelas questões mais polêmicas do plano.
Portanto, nesse sentido acho importante a aprovação deste Projeto de
Resolução hoje ou amanhã para que a Casa esteja instrumentalizada para a
comunidade do trabalho a partir de 02 de janeiro de 1997. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. RAUL CARRION: Sr. Presidente, eu queria
comunicar que vou ter que me retirar porque vou comparecer a uma reunião da
Prefeitura, de tratativas quanto ao Parque dos Maias. Essa reunião está marcada
há mais de 10 dias e não havia previsão desta Sessão Extraordinária. Tão logo
termine a reunião na Prefeitura, retornarei.
O SR. PRESIDENTE: Está feito o registro,
Vereador.
O SR. PRESIDENTE: Havendo quórum, passamos à
ORDEM DO DIA
O SR. LUIZ BRAZ
(Requerimento): Sr. Presidente, solicito a votação dos Requerimentos em primeiro
lugar.
O SR. PRESIDENTE: Em votação o Requerimento
do Ver. Luiz Braz. (Pausa.). Os senhores Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados.(Pausa.) APROVADO, contra o voto do Ver. Mário Fraga.
O SR. JOSÉ VALDIR
(Requerimento): Sr. Presidente. Solicito que, após os Requerimentos, se Note os PLL:
143/96; 146/96; 161/96; 163/96 e 165/96. Fls 40, 42, 45, 48 e 50) que são ou
Títulos ou nome de ruas.
O SR. NEREU D'ÁVILA
(Requerimento): Requeiro que o .PLCL 020/96. (fl. 03). de minha autoria que seria o
primeiro a ser votado, seja colocado em último lugar. Em substituição, peço que
o PLL 021/96 (fl. 20) que deveria ser votado ontem e que foi adiado para hoje,
que aborda o assunto do crédito educativo e que tem um Substitutivo do Ver.
Reginaldo Pujol, seja colocado no lugar desse, em primeiro lugar.
O SR. JOSÉ VALDIR
(Requerimento ): Tendo em vista que , não concordo com parte do Requerimento do Ver.
Nereu, gostaria que se encaminhado como dois Requerimentos.
O SR. PRESIDENTE: A Mesa sugere que o Proc.
da f1.53 seja votado imediatamente após o da fl. 50, de V. Exª.
Em primeiro lugar, após os Requerimentos, que se vote os Projetos das
fls. 40, 42, 45, 48, 50 e 53. E que o·Projeto da fl. 03 seja votado em último
lugar.
Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
O SR. PRESIDENTE: Em votação o Requerimento
do Ver. Nereu D'Ávila no sentido de que o PLL 012/96, (fl. 20)seja votado tão
logo sejam examinados esses processos que foram aprovados. Os Srs. Vereadores
que aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, contra os votos dos Srs.
Vereadores João Verle, José Valdir. Helena Bonumá e Maria do Rosário.
Em votação Requerimento de autoria deste Vereador para que o PR nº
32/96, que altera a Lei nº 5811, que estabelece o Sistema de Classificação de
Cargos e Funções na Câmara Municipal de Porto Alegre, seja, na forma do art.
102, parágrafo 4º do Regimento Interno, submetida a audiência da Comissão da
Constituição e Justiça e da Comissão de Finanças e Orçamento da Casa.
(Pausa.)...
O SR. ANTONIO HOHLFELDT
(Questão de Ordem): Sr. Presidente, é comum, nessas situações, que se faça a distribuição
simultânea às duas Comissões, Pergunto a Mesa se é essa a intenção?
O SR. PRESIDENTE: Sim, a disposição e a
distribuição simultânea, exatamente pela agilidade com que esses pareceres
devam ser dados, até em função do término das Sessões Legislativas Ordinárias
no dia de amanhã à meia-noite.
Em votação o Requerimento.(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
O SR. MÁRIO FRAGA (Questão
de Ordem):
Em cima desse Requerimento que o Ver. Antonio Hohlfeldt falou, V. Exa. terá que
designar um Relator, é isto?
O SR. PRESIDENTE: Não, porque o Processo não
necessita de relator especial, somente a ouvida das Comissões Permanentes.
Agora, o Processo é retirado da Pauta e encaminhado às Comissões de
Constituição Justiça - enviaremos cópia neste momento a fim de agilizarmos e
para ela fale sobre a legalidade do Projeto -, e outra cópia à Comissão e
Finanças e Orçamento, onde os seus Presidentes designarão relatores a essa
matéria, imediatamente.
O SR. MÁRIO FRAGA: Vereador-Presidente , V.
Exa. sabe que amanhã teremos nosso último dia de Sessão Legislativa, então,
esse processo cara para o ano que vem, é isto?
O SR. PRESIDENTE: Não posso-lhe afirmar de
forma categórica, porque os presidentes das respectivas Comissões têm condições
imediatas recebidos esses Processos, em questão de alguns minutos para se
manifestarem. Inclusive, a Diretoria Legislativa informa que à tarde correrá
nova Pauta e, após, irá à Comissão de Finanças e Orçamento e à Comissão de
Constituição e Justiça. A Mesa. inclusive, corroborará neste entendimento,
porque normalmente os Processos Ordinários que estão tramitando tramitando na
Casa, eles primeiro correm Paula para depois irem às Comissões. Esse é o
procedimento normal. Como se trata de um processo em que não há normalmente
audiência da Comissão de Justiça, há uma dúvida, se corre a Pauta e depois vai
às Comissões ou se eles imediatamente vão às Comissões.
O SR. MÁRIO FRAGA: Só mais uma informação: O
Ver. Luiz Braz solicitou que constasse no processo a reclassificação. Então,
estou dizendo aos Vereadores que vou entrar com uma Emenda, que contemple o que
o Ver. Luiz Braz requereu da Tribuna. Eu tenho esta dúvida, como é que vou
entrar com essa Emenda, se o Processo não está aqui?
O SR. PRESIDENTE: O Processo estando
tramitando na Casa, em qualquer local que se encontre, cabe Emendas, inclusive
na Comissão.
Faremos um apelo no sentido de que este Processo celebremente seja
examinado pelas comissões.
Requerimento do Ver. Giovani Gregol, que requer a formação de Comissão
Especial para elaborar projeto alternativo ao Projeto Gaúcho Grande do Sul,
visando dar novo tratamento paisagístico do Parque Maurício Siróstsky Sobrinho.
Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que estiverem a favor
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em votação Requerimento de Moção de Protesto pelo leilão do prédio onde
funciona a Companhia de Arte, de autoria da Ver. Maria do Rosário. O Ver.
Antonio Hohlfeldt solicita destaque da referida Moção.
Temos a solicitação; de indicação de representação para o Conselho
Municipal dos Direitos da Mulher (CONDIM). A Comissão de Educação indicou a
funcionária Maria Rosarina do Oringon para o respectivo Conselho. A Verª. Maria
do Rosário solicita destaque.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 2287/96 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATTVO Nº
143/96, de
autoria do Ver. Henrique Fontana, que denomina Rua Carlos Muttoni um logradouro
irregular Localizado entre a Estrada Afonso Lourenço Mariante e Estrada do
Rincão, no Bairro Belém Novo.
Pareceres
- da CCJ.
Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Pedro Ruas: pela
aprovação do Projeto.
Observações:
- Incluído na Ordem do Dia pôr força do Art. 81 da
LOM.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº
143/96. Não havendo quem queira discutir em votação. Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 2342/96 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº
146/96, de
autoria do Ver. Luiz Negrinho, que autoriza o Poder Executivo Municipal a
erigir busto em homenagem ao jornalista e líder espiritual umbandista Moab
Dantas Caldas.
Pareceres
- da CCJ. Relator Ver. Femando Záchia: pela
rejeição do Projeto;
da CUTHAB. Relator Ver. Lauro Hagemann:
pela aprovação do Projeto.
Observações:
- incluído na Ordem do Dia por força do Art. 81 da
LOM.
O SR. PRESIDENTE: Em votação o PLL nº 146/96.
Não havendo quem queira discutir, em votação (Pausa). O Ver. Nereu D'Ávila com
palabvra para encaminhar.
O SR. NEREU D'ÁVILA: Sr, Presidente, Srs.
Vereadores, em primeiro lugar, quero cumprimentar o Ver, Luiz Negrinho por esta
homenagem, independentemente de credo religioso, acho que o ex-Deputado Moab
Caldas, que não era gaúcho, mas que se inseriu na sociedade Gaúcha de uma
maneira que até a Igreja Católica, Bispos e Arcebispos acabaram sendo seus
amigos. Pela sua capacidade de relacionamento, pela sua clarividência, pela sua
vida pessoal inabalável e ilibada recomenda que a Cidade o homenageie. O Ver.
Luiz Negrinho teve essa idéia que considero de altíssimo conteúdo, é uma
homenagem muito merecida ao Ex-Deputado e líder espiritualista Moab Caldas. Nós
também entramos com um Projeto para lhe dar o nome em uma avenida, porque todos
havemos de reconhecer que as personalidades ímpares que convivem conosco
socialmente, que passam pela Terra e cumprem uma missão, como fez Moab Caldas,
devem ter o respeito de seus concidadãos.
Esse respeito e essa admiração se corporifica quando um nome se torna
indelevelmente imortal, por exemplo cada vez que pronunciamos o nome da Av.
Borges de Medeiros, homenageamos aquele que, durante 25 anos, foi Presidente do
Estado e que teve uma vida modesta, morreu pobre, ou seja, exerceu as suas
funções no Estado sem jamais apropriar-se de um centavo sequer, Portanto, cada,
homenageado que inscreve-se na imortalidade, deve ter também corporificada essa
homenagem em situações que relembrem, aos seus concidadãos, a sua passagem por
aqui e que honraram a sua trajetória. Encaminho, então, favoravelmente ao
processa do nobre Vereador Luiz Negrinho.
(Não revisto pelo orador,)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Clovis Ilgenfritz
está com a palavra para encaminhar.
O SR. CLOVIS ILGENFRITZ: Senhor Presidente e Srs.
Vereadores; assinando embaixo os discursos que já foram feitos, pessoalmente
tomei a liberdade de fazer esse encaminhamento favorável porque a pessoa que
está sendo homenageada merece realmente tem uma história riquíssima. É um
espiritualista e merece o nosso maior respeito. A homenagem é mais do que
justa. Em nome da bancada do PT e em meu nome próprio, quero me somar a essa
homenagem. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Não há mais Vereadores
inscritos, para discutir colocamos em votação o PLL 146/96. Os senhores
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 2758/96 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº
161/96, de
autoria do Ver. Lauro Hagemann, que denomina Rua Ari Marinho um logradouro
público, localizado no Bairro Higienópolis.
Observações:
- incluído na Ordem do Dia pôr força do Art. 81 da LOM.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº
161/96. Não havendo inscritos para discutir, colocamos em votação. Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 2802/96 PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº
163/96, de
autoria do Ver. Décio Schauren, que denomina Rua José Antônio Damásio um
logradouro irregular, localizado no Bairro Lomba do Pinheiro.
Observações:
- incluído na Ordem do dia pôr força do Art. 81 da
LOM.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão (Pausa.).
Encerrada a discussão. Os Srs. Vereadores que aprovam o PLL nº 163/93
permaneçam sentados.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 2824/96 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº
165/96, de
autoria do Ver. Artur ZaneIla, que concede o título honorífico de Cidadão de
Porto Alegre ao Senhor Ailton Ferreira de Albuquerque. Urgência.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois terços dos
membros da CMPA - Art. 82, § 2º, IV, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia por força do Art. 81 da
LOM.
Em discussão o PLL no 165/96. Não havendo inscritos para discussão
colocamos em votação nominal (Após a chamda) APROVADO pôr 26 votos SIM.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 2954/96 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 028/96, da Mesa Diretora, que
denomina Sala Jornalista Cói Lopes de Almeida a sala da Assessoria de
Comunicação Social da Câmara Municipal de Porto Alegre, e dá outras
providências.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PR nº
028/96, Não havendo inscritos para discutir em votação (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 0494/96 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº
012/96, de
autoria do Ver. Reginaldo Pujol, que institui o Programa de Crédito Educativo
para universitários matriculados em Universidades e/ou Faculdades com sede no
Município de Porto Alegre, e dá outras providências. Com Substitutivo nº 01, e
Emendas de nºs 01 a 10 ao Substitutivo nº 01.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela
rejeição do Substitutivo nº 01;
- da CEFOR. Relator Ver. Antonio Hohlfeldt:
pela aprovação do Substitutivo nº 01 e das Emendas nºs 01 a 10 ao Substitutivo
nº 01.
Observações:
- incluído na Ordem do Dia por força do Art. 81 da
LOM;
- os pareceres supra referem-se apenas ao
Substitutivo nº 01, tendo em vista que proferidos quando este tramitava como
projeto independente (Proc. nº 2708/93 - PLL 140/93). Em 19/04/96, o Proc. nº
2708/93 foi anexado ao Proc nº 0494/96 como Substitutivo nº 01. Inexistem
pareceres ao Projeto;
- discutiram a matéria os Vereadores J. Azambuja e
P. Brum;
- adiada a discussão por uma Sessão.
O SR. PRESIDENTE: Estamos votando o PLL
012/96 (f1.20) adotaremos o critério, tendo em vista o número de processos que
existem, de sugestões de algumas mudanças de projetos no âmbito da Ordem do Dia.
O SR. ARTHUR ZANELLA
(Questão de Ordem): Por que, Sr. Presidente, as lideranças não fazem a triagem por
exemplo, o PLL 031/96 (fl. 25) do Ver. Airto Ferronato que autoriza a promover
o Festival dos Festivais. Penso que ninguém é contra, mas tenho a impressão de
que as lideranças teriam que triar aqueles que não são polêmicos para passar
imediatamente.
Com relação ao PLL. Nº 012/96 Presidente, o Ver. José Valdir, ontém,
verbalizou uma dúvida que eu tinha, que está escrito no Parecer: "Ver.
Elói Guimarães pela rejeição do Substitutivo nº 1”, mas não diz se é favorável
ao Projeto. Não é óbvio, não existe obviedade.
O SR. PRESIDENTE: Esta questão se encontra
parcialmente respondida no item 2 das observações constantes na f1.20 do
espelho.
Convidamos o Vice-Presidente da Cara assumir a Presidência, uma vez que
este Vereador e aguardado por uma Comissão de funcionários.
O SR. PRESIDENTE (MÁRIO
FRAGA): Com
a palavra o Ver. José Valdir.
O SR. JOSÉ VALDIR (Questão
de Ordem):
A CCJ não deu parecer sobre o Projeto, mas sobre o Substitutivo à época em que
o Substitutivo era o Projeto. Em 1993, o Ver. Elói Guimarães era Relator do
Projeto - na época registrado como Projeto do Ver. Nereu D'Ávila - e deu esse
parecer contrário ao Projeto. Depois, o Ver. Reginaldo Pujol entrou com outro
Projeto, criando não o Fundo, mas o Programa. O Ver. Nereu D'Ávila pediu que
esse seu Projeto anterior fosse incluído como Substitutivo, só que a CCJ não
deu parecer sobre o Projeto, mas já havia dado sobre o agora Substitutivo. Na verdade,
não tem parecer da CCJ sobre o Projeto.
Ontem recebemos uma informação parcial, quero um esclarecimento: esse
Projeto pode ser votado sem o parecer da Comissão de Justiça?
Outra questão é se vamos manter a mesma sistemática, para os projetos
polêmicos, dos dois minutos.
O SR. PRESIDENTE: Quanto à primeira questão,
está incluído na Ordem do Dia pelo art. 81, está dispensado da CCJ. Quanto à
segunda, vamos colocar ao Plenário. (Apartes paralelos.) Vai ser mantido o
tempo normal.
O SR. PRESIDENTE: A palavra com o Vereador
Nereu D'Ávila para discutir o PLL nº 012/96.
O SR. NEREU D'ÁVILA: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, a história deste Projeto é a seguinte: em 25.10.93 apresentamos
este Projeto de lei, criando o Fundo de Crédito Educativo em razão das
dificuldades existentes, principalmente, no ensino superior. Em razão de ser
uma iniciativa nova vem paulatinamente, sendo estudada e, inclusive, através do
Ver. Antonio Hohlfeldt foi solicitado ao Executivo a opinião acerca da matéria.
Posteriormente, o próprio Ver, Antonio apresentou dez Emendas que são
pertinentes e aperfeiçoaram mais o Projeto.
Em 1996, o Ver. Reginaldo Pujol, sem ter conhecimento da existência
deste nosso Projeto, protocolou um Projeto semelhante criando o Programa de
Crédito Educativo e isto foi em fevereiro de 96. Portanto, três anos após.
Então, quando ele entrou, em fevereiro, o nosso Projeto estava
arquivado em cumprimento a dispositivo regimental, então solicitei
desarquivamento e isto ocorreu um dia depois que o Ver. Pujol tinha protocolado
o seu Projeto. Então solicitamos que o nosso Projeto fosse transformado em
Substitutivo. Este é o histórico.
Agora, sobre o mérito do nosso Projeto que cria o Fundo de Crédito
Educativo, ele pretende que sejam absorvidas as verbas, independentemente, da
Prefeitura no seu artigo 4º, os fundos financeiros para a constituição do fundo
serão: Lei de Diretrizes Orçamentárias, dotação consignada no orçamento do
município, recursos e créditos de outras origens que lhe forem atribuídos a
qualquer título, doações de pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas,
nacionais ou internacionais, transferências ordinárias ou extraordinárias do
Município, ordinárias do Estado ou da União, estabelecida por legislação.
O Ver. Antonio Hohlfeldt, por Emenda, acrescenta mais uma fonte de
crédito que é a Emenda nº 2. Ela diz que será, ainda, considerado como recurso
para o Fundo o reembolso dos créditos concedidos conforme o disposto no artigo
10.
De modo que nos não ancoramos o Projeto apenas em verbas da Prefeitura
ou verbas públicas. Nós procuramos que das seis obtenções de recursos, duas
apenas sejam da Prefeitura e quatro independentes da Prefeitura. Consideramos
que nosso Projeto é mais aperfeiçoado que o do Ver. Reginaldo Pujol, que cria o
Programa de Credito apenas com recursos do poder público. E nós sabemos que o
poder público está exaurido. Seria a criação de alguma coisa confiando apenas
na verba pública, sem apontar outras fontes de recursos, o que, convenhamos
criaria problemas.
Nós entendemos que o FUNCREDI, Fundo de Crédito Educativo, arrimado em
outras verbas, além da Prefeitura, atinge o seu objetivo de não ancorar-se
apenas em verbas públicas.
O Ver. Antonio Hohlfeld, no dia 21/03/96, pela CEFOR, deu parecer
favorável ao Projeto e às emendas, fazendo, inclusive, algumas observações
pertinentes portanto, a Questão de Ordem do Ver. José Valdir procede em parte,
porque o processo não está sem Parecer. Não e um parecer da CCJ, pois ela deu
parecer ao substitutivo anteriormente, mas tem o Parecer da CEFOR, dado pelo
Ver. Antonio Hohlfeldt, que estudou profundamente o processo nesses três anos.
E, obtendo informações do Executivo, o Ver. Antonio Hohlfeldt tratou de
corrigir alguns problemas do Projeto, suprindo aquilo que o Executivo achava
que eram problemas.
Acredito que este Fundo traz uma contribuição ao ensino municipal. Como
o Dep. Estadual Beto Albuquerque quer criar uma Universidade estadual e, pelo
que sei, apenas ancorada em verbas públicas, no nosso caso, temos uma visão
mais aperfeiçoada para o Município. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. MILTON ZUANAZZI
(Requerimento): Sr. Presidente, eu requeiro a V. Exª que coloque novamente ao Plenário
a aprovação da diminuição do tempo, em função até do bom senso, porque se algum
orador tiver suas limitações, durante a discussão pelo menos, receberá mais
tempo que os demais e, para encaminhar, mantenham-se os cinco minutos.
O SR. PRESIDENTE (Mário
Fraga):
Vamos colocar em votação o Requerimento do Ver. Milton Zuanazzi, para reduzir o
tempo para 3 minutos discutir e 5 para encaminhar.
O SR. JOSÉ VALDIR: Concordo plenamente com o
Vereador, se for com a ressalva dos que já estão inscritos.
O SR. PRESIDENTE: Em votação o Requerimento do
Ver, Milton Zuanazzi. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
O Ver. Reginaldo Pujol esta com a palavra, Ausente. O Ver. José Valdir
está com a palavra para discutir.
O SR. JOSÉ VALDIR: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, como costuma dizer o Ver. Zanella, com todo o respeito, tanto o
Projeto, quanto o Substitutivo do Ver. Nereu D'Ávila, que, de fato, não é tão
ruim quanto o Projeto, são na verdade iniciativa que ferem todos os
dispositivos legais, ferem a Lei Orgânica, ferem a Constituição Federal e ferem
também toda uma discussão nacional que se tem a respeito das atribuições das
diversas esferas na área da educação.
Ambas as iniciativas tiveram o Parecer contrário da Procuradoria.
Vou·me deter mais no Substitutivo. O Parecer da Procuradoria da Casa diz, com
toda propriedade, que fere o artigo 94, Inc. IV e XII da Lei Orgânica e fere
dispositivos simétricos da Constituição Estadual e Federal. O Parecer do Ver.
Elói Guimarães, à época Relator, ao à época Projeto e agora Substitutivo também
vai pelo mesmo caminho, mostrando que essa iniciativa é, primeiro, de
competência exclusiva do Executivo, e, segundo, fere frontalmente o artigo 211
da Constituição Federal, que diz que os Municípios atuarão prioritariamente, no
ensino fundamental e na pre-escola - isso no parág. 2º,- e, gradativamente,
estendendo para o ensino médio. Não faz referência ao ensino superior, porque
seria uma tarefa hercúlea para os Municípios. E como o próprio Ver. Nereu
disse, estão combalidos. No meu modo de ver os Municípios já assumem
atribuições demais com a nova Constituição, especialmente na área da educação,
da assistência social e da saúde, porque se municipalizou e, com exceção da
saúde, não se previu claramente, através de, leis, de onde virão os recursos.
O SR. PRESIDENTE: Eu me inscrevo e cedo meus
três minutos ao Ver. José Valdir.
O SR. JOSÉ VALDIR: Então os Municípios hoje,
já estão fazendo um malabarismo para conseguir dar conta daquela atribuição
constitucional, que é de sua exclusiva competência, que é o atendimento à
pré-escola, de 0 a 6 anos, e o ensino fundamental, que é o lº grau. Como vamos,
agora atribuir ao Município a iniciativa de conceder bolsas para o ensino
superior, para escolas particulares, escolas públicas, escolas privadas, mesmo
que esses recursos sejam - em tese - repassados para o Município? O próprio
Ver. Nereu admite que o seu Projeto não é uma constituição de um fundo sem
verbas municipais. Boa parte dos 6 ítens arrolados dizem, claramente, que serão
colocados verbas municipais. Como é que nós que criticamos o Município por não
ter escolas infantis suficientes, porque não estar dando o atendimento da
pré-escola adequdamente; por não ter escolas de 1º grau em número suficiente;
por não ter ainda conseguido fazer o processo de municipalização nas escolas de
1º, como é que vamos querer atribuir ao Município a criação de um fundo e
colocar recursos públicos do Município no fundo para financiar o ensino
superior em escola privadas? Eu acho que seria um grande erro desta Casa
aprovar qualquer um desses dispositivos, seja o Projeto ou Substitutivo, porque
nós vamos querer que o Município atenda uma área que não é de sua competência
legal quando o Município não tem condições, hoje, sequer - não só Porto Alegre,
todos os Municípios estão com dificuldades - de cumprir o seu dever constitucional,
garantindo o atendimento pré-escolar e o atendimento do ensino fundamental,
como prevê a Constituição.
Portanto, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, acredito que este Projeto
não pode ser aprovado por esta Casa. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Apregoamos a Emenda nº 1,
de autoria do Vereador Mário Fraga, ao
PR nº 32/96.
Requerimento do Ver. Décio Schauren solicitando Licença para tratamento
de Saúde no período de 12 a 13 de dezembro.
A Mesa declara empossado o Suplente Gerson Almeida em substituição ao
Ver. Décio Schauren, nos termos regimentais. E informa que integrará a Comissão
de Educação, Cultura e Esportes.
Requerimento do Ver. Jocelin Azambuja, ao PLL 12/96, para que seja
votado em destaque o artigo 4º, Inciso I e II, do Substitutivo 01.
A Verª, Maria do Rosário está com a palavra.
A SRª. MARIA DO ROSÁRIO: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores. O debate e importante e o tema, de fato, apaixona quando vamos
falar em educação. Eu quero-me posicionar contrariamente ao Projeto do Ver.
Reginaldo Pujol e ao Projeto do Ver. Nereu D'Ávila. Não sei qual entrou
primeiro e que processo legislativo determinou que isto fosse estabelecido
desta forma. Temos informações de que o primeiro processo foi o do Ver. Nereu
D'Ávila, mas ele acabou sendo o Substitutivo do Ver. Reginaldo Pujol.
Apesar de a Casa, há algum tempo, analisar a proposta de que o
município também venha a assumir a responsabilidade de parte do financiamento
do ensino superior para a nossa população, ela precisa refletir sobre esse
tema, sob alguns ângulos. O primeiro, de que nós estaremos chamando à nossa
responsabilidade algo que excede o que está previsto na legislação, notadamente
na Constituição Federal e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação que vigora
no País ainda nos dias de hoje, em que pese após a Constituinte de 88 já haver
projeto de lei na Câmara e no Senado Federal propondo modificações
significativas e que não foi apreciado até esse momento por aquelas casas, pelo
menos como interessa para a nação brasileira.
Mas, a verdade é que aqui é importante nos posicionarmos contrários,
porque o desafio que está colocado para a Câmara Municipal, para o Município de
Porto Alegre é o de tensionarmos a relação com o Estado e com o Governo Federal
para que esses assumam o que é a sua atribuição e nos dêem condições de
assumirmos o que é de nossa atribuição. O grande desafio dessa nossa época é o
de buscamos a expansão dos investimentos na universidade pública, esta sim, e
de valorizá-la.
Logo que tomei conhecimento de que os Projetos estariam em Pauta,
busquei algum material veiculado pela imprensa. No final de 1995, já as
universidades públicas federais do Rio Grande do Sul solicitavam 62 milhões de
reais ao Governo Federal para conseguir pagar as contas de luz, garantir o
funcionamento das salas de aula e atender aos recursos humanos, corroídos pelos
baixos salários e pela desvalorização de uma reforma do Estado que ameaça,
permanentemente, os servidores.
Então, Srs. Vereadores, eu sou contra os Projetos de Lei dos Vereadores
Reginaldo Pujol e Nereu D'Ávila, porque o Município só pode expandir a sua
responsabilidade na medida em que consiga a universalização do ensino básico,
sendo essa a nossa atribuição principal.
O SR. PRESIDENTE: A Vereadora Helena Bonumá
se inscreve e cede seu tempo a V. Exª com a concordância dos Vereadores Luiz
Braz e Antonio Hohlfeldt.
A SRª. MARIA DO ROSÁRIO: Agradeço à Vera Helena
Bonumá. somente para dizer que o Município de Porto alegre tem, hoje, uma
matrícula geral de mais de 50 mil alunos. Nós debateremos isso com um projeto
que institui cargos para professores, e é necessário que esta Casa o aprove
para a ampliação de 4 mil vagas, duas escolas e salas de aula em escolas já
constituídas na rede pública municipal. Esta é a nossa atribuição principal.
Com relação ao ensino superior, preocupamo-nos com que somente 25% das
matrículas deste País estão situadas, por uma distorção ao longo de muitos anos
estabelecida, na rede pública e 75%, na rede particular. Nós precisamos, Ver.
Reginaldo Pujol, da garantia de que o Governo Federal trate , seriamente, do
Programa de Crédito Educativo gerenciado pela Caixa Econômica Federal, e que o
Governo do Estado também o faça, porque as matrículas que existem via crédito
educativo do Estado são aquelas contratadas no tempo do Governo Collares.
Trouxe, inclusive, a esta tribuna, para que nós possamo-nos recordar, que,
lamentavelmente, alunos das Universidades de Ijuí e Santa Rosa, no inicio deste
ano, estiveram em greve de fome pela garantia das sete mil vagas do crédito
educativo que o vice-Governador do Estado Vicente Bogo, em 1995, havia
anunciado para todo o Estado e que não foram cumpridas. Então, este é o sentido
da minha intervenção. Não podemos trazer cada vez mais responsabilidades para
os municípios na área social quando o Estado e a União são omissos naquelas que
são as suas atribuições, inclusive com o discurso fácil para eles, sim, de que
têm que investir mais na educação básica, que repassam praticamente de um modo
absoluto para os municípios, não somente para Porto Alegre, até porque, Ver.
Reginaldo Pujol, V.Exª. reconhece muito bem que o Município de Porto Alegre
está sendo penalizado por este fundo nacional que retira recursos da área da
educação e do repasse do Governo Federal para Porto Alegre e aí, sim, apresenta
esses recursos para outros municípios ou sabe-se lá para o quê. Depois do fundo
social de emergência, todos esses recursos da União caíram num fundo único e
muitos deles deixaram de ser aplicados na área social.
Portanto, Srs. Vereadores, nenhum recurso público de Porto Alegre deve
ser colocado nisso enquanto o Estado e a União, que V.Exª., inclusive,
representa, não assumam as suas responsabilidades. Muito obrigada.
(Não revisto pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE: O próximo inscrito e o Ver.
Luiz Braz; Ausente.
O Ver. Antonio Hohlfeldt está com a palavra para discutir o PLL 12/96.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, cito textualmente, a Vera Maria do Rosário: "Essa e a nossa
atribuição principal." Qual? Manter o ensino municipal. Só há um problema:
o Estado mantém o ensino municipal de Porto Alegre cinco vezes mais do que o
Município de Porto Alegre. Onde, então, a atribuição municipal cumprida? A
partir dai é difícil discutir qualquer coisa.
O Governo Estadual assumiu um projeto que havia sido iniciado na
Administração Collares; desenvolveu-o, retomando um projeto sério em torno da
questão de bolsas de estudos universitários. Manipulações partidárias - vamos
deixar bem claro - tendo em vista o ano eleitoral, jogaram estudantes da
Unijuí, da extensão de Santa Rosa, por problemas internos, inclusive, do PSDB
de Santa Rosa, contra o vice-Goverdor Bogo. Não tem nada a ver com o
descumprimento de vagas, até porque as vagas estão cumpridas sem nenhum
problema. Quanto ao Governo Federal, está neste momento o edital aberto de
complementação de verbas para os financiamentos, até hoje, exatamente 13 de
dezembro fecha o prazo de reinscrição de alunos que não puderam pegar
financiamento no primeiro semestre, e foram
abertos valores novos no segundo semestre. Mais do que isso, o Governo
Federal está investindo pesado na educação básica, revisando conceito do acordo
MEC/USAID, lá de 1965, e a o qual todos nós, que eu saiba, nos colocamo contra,
que passou a valorizar o ensino universitário, buscando mão-de-obra
universitária de terceiro grau barata, para fora do País. Nós, Brasil,
exportando mão-de-obra universitária. Investe o Governo Federal, sim, no ensino
básico, como tem buscado diminuir a questão dos analfabetos adultos, inclusive
com parceria com o Governo Municipal de Porto Alegre, através do Projeto SEJA.
Então cada um de está cumprindo parte, sim. E cada um deveria se
inspirar, Verª. Maria Rosário, nos municípios do interior muito mais pobres e
que financiam não só créditos educativos para seus alunos do terceiro grau da
sua cidade, como da todo transporte escolar de viagem diária, de Carlos
Barbosa, que vão até Caxias do Sul, Flores da Cunha, Bento Gonçalves, às custas
do Município. Ônibus pago de manhã, tarde e noite, para levar seus estudantes
universitários, porque lá sim se quer aplicar na educação.
As emendas que coloquei no substitutivo do Ver. Nereu D'Ávila, porque
acho que encaminhava melhor a questão do que o Projeto original do Ver.
Reginaldo Pujol, são Emendas no sentido de viabilizar a autonomia do fundo. E
eu gostaria e os Vereadores do PT lessem com atenção as Emendas. Há um
investimento inicial e a partir dai se prevê que o pagamento dessas bolsas
financiadas, que não é a fundo perdido não, que o pagamento disso retorne ao
fundo. E quem for inadimplente seja excluído. Se existe qualidade de produção
do estudante? Ele tem que ter média 7, no mínimo. Se isso não levar um Projeto
a sério, eu não sei o que é levar. Agora, se o Município não quer ter auxílio e
participação no Projeto Educacional de terceiro grau, não venha com a desculpa
de que está assumindo o primeiro grau, digo o seguinte: nós não vamos nem no
primeiro, nem no segundo, nem no terceiro, nós vamos naquilo que nos
interessar, e vamos continuar fazendo discurso.
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Dilamar Machado cede
o seu tempo ao Ver. Antonio Hohlfeldt, com a concordância do Ver. Airto
Ferronato e Ver. João Dib.
Ver. Antonio Hohlfeldt continua com a palavra.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente e Srs. Vereadores,
eu chamo a atenção que no Projeto Substitutivo do Ver. Nereu D'Ávila não tem
nenhuma previsão de valor específico, O que tem é a idéia de iniciar um projeto
em investimento. Eu acho que não é justo que tenhamos estudantes universitários
com boa qualificação, enquanto estudantes do município de Porto Alegre e que
não tenham condições de estudar e não tenham o apoio do seu município.
Eu acho curioso que o PT, que recebeu votação maciça de jovens desta
Cidade, vire as costas a esses jovens, negue-se a dar apoio a eles, E chamo
atenção, também, de que há Emendas de minha autoria ao Substitutivo que deixo
bem claro: o Fundo deve ser dado àquelas universidades com sede em Porto
Alegre. Isso significa que o dinheiro volta ao município através do ISSQN. Agora,
vejam,. o que estamos propondo é ajudar ao aluno de Porto Alegre. Pode ser de
fora sim, não tem problema, mas tivemos o cuidado, pela coerência de cercar o
Projeto, para não se tirar o dinheiro do Município. Ou seja, estamos quase que
batizando o fundo apenas para aquelas instituições sediadas em Porto Alegre, o
que não dá nenhum prejuízo ao erário municipal porque vai retornar na forma do
ISSQN que as instituições pagam, que a PUC paga, que a Ritter do Reis paga, que
as extensões de outras universidades pagam, que a FAPA paga e assim por diante.
O que há é uma vontade de podermos da mesma forma que existe um projeto que foi
reorganizado e redimensionado pelo Município para primeiro e segundo graus, que
são aquelas bolsas que têm sua inscrição em julho para valerem para o ano
seguinte - valerão agora a partir de janeiro - , que se estenda isso também
especificamente ao terceiro grau. Quanto? Isso é uma decisão que a SMED vai
tomar. Detalhamento de como encaminhar? E uma decisão da SMED. O que estamos garantindo
no Projeto Substitutivo do Ver. Nereu D'Ávila de comum acordo com a iniciativa
do Ver. Pujol, nas Emendas é isso: é um fundo rotativo no sentido de que há um
investimento inicial do Município e corresponderá posteriormente, à manutenção
desse encontro com aplicações bancárias, com o retorno dos pagamentos através
daquilo que vai ser retornado pelo aluno formado. Exatamente a regra do jogo do
fundo, dinheiro federal e num nível estadual garante o funcionamento.
O curioso é que, - enquanto na Assembléia Legislativa, o Projeto do
Deputado Beto Albuquerque, que faz com que o Estado pague o 3º grau e recebe o
apoio do PT e o Estado não teria nada a ver com o 3º grau - na réplica do jogo
levanta aqui o Ver, José Valdir: o Estado tem que cuidar do 2º grau. Lá o PT
aprova o Projeto do Beto Albuquerque e aqui, e nós queremos abrir o espaço da
discussão, o PT invoca a condição federal e aquilo que cabe para cada um.
Incongruência Senhores Vereadores, ninguém está dizendo que o Município vai
investir mais no 3º grau. Agora, dar uma ajudazinha, até como apoio moral em
respeito aos jovens eleitores petistas, eu acho que seria, o mínimo, o que se
esperaria da Administração Municipal. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O ver. Reginaldo Pujol está
com a palavra por cedência de tempo do Ver· João Dib.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, quando propus este Projeto de Lei, evidentemente desconhecia a
existência de um Projeto assemelhado proposto pelo Ver. Nereu D'Ávila, em
Legislaturas anteriores, e ele confirmam que estavam em arquivamento. Nos
impressionava, na ocasião, a circunstância em que o Município de Porto Alegre
divulga uma condição de vanguardeiro em vários aspectos da vida comunitária do
Rio Grande do Sul e não tivesse, na área de apoio ao estudante carente, nenhum
ato de iniciativa no que diz respeito ao ensino superior
Então o Projeto de Lei que trazemos à colocação e, hoje, colocado num
2º plano em função do susbtitutivo do Ver. Nereu D'Ávila, visa exatamente
cumprir essa circunstância.
Eu não tenho condições de discutir o substitutivo do Ver. Nereu D'Ávila
que, segundo o Ver. Antonio Hohlfeldt se assemelha ao nosso Projeto e tem
características um pouco diversas, na medida em que pretendíamos limitar, num
primeiro momento, o número de estudantes universitários que deveriam ser
beneficiados, distribuindo as áreas para que não houvesse concentração numa
área absoluta e fixando que o auxilio não pudesse exceder a 50% do valor da
anuidade.
Nesta Casa, existem inúmeros Vereadores que foram estudantes e que
tiveram dificuldades. Eu fui estudante em dois cursos superiores feitos em
universidades particulares e tive dificuldades em mantê-los, mas tive situações
especiais de apoio, que antigamente havia e que hoje não há mais.
Então, entender que o Município tenha que ficar fora dessa área e uma
posição no mínimo retrógrada, no meu entendimento e esvazia muitos discursos
que se ouve nesta Cidade, quando falam no caráter revolucionário da
Administração de Porto Alegre. Acho que nesse particular não acolher uma idéia,
como diz o Ver. Antonio Hohlfeldt, ainda que simbólica, é uma posição
retrógrada e uma tentativa de retirar o Município compromisso que tem com os
seus jovens de lhes dar condição de enfrentar as agruras do mercado de
trabalho.
Quero dizer, inclusive, que solicitei urgência para o meu Projeto em 14
de agosto, Ficou 4 meses aguardando os Pareceres. Se várias situações
determinaram que os pareceres não fossem oferecidos, não cabe culpa ao autor,
mas ao processamento da Câmara que teve problemas burocráticos que não foram
superados. Ademais, se eu soubesse que requerida a urgência em 14 de agosto, o
Projeto seria votado hoje, 12 de dezembro, eu não tinha requerido a urgência,
porque queria vê-lo votado logo. Se levou 4 meses sob o resguardo do art. 81,
imaginem se não tivesse urgência, imaginem se eu não tivesse tomado essa
cautela.
Como não pretendo me apossar de idéias, e como eu não era Vereador em
1993, e como quando eu fui Vereador antes de 1993 e não deixei arquivados os
processos para depois desarquivá-los, como o Ver. Nereu D'Ávila, fica esse
processo. Eu Convoco a Casa para apoiar o Projeto Substituto do Ver. Nereu
D'Ávila com as Emendas do Ver. Antonio Hohlfeldt. O que eu quero é que o
município saia da timidez, encare o assunto e nele se posicione e, se não o
fizer, diga por que não o faz, não venha com um discurso criticando as outras
esfera do poder porque se não defendemos a autonomia do Município e achamos que
as coisas na área do município são melhores organizadas que em outras áreas,
por que não o fazemos aqui Porto Alegre deixando que pequenos municípios se
envolvam na tarefa de apoiar os seus estudantes moradores do município.
Não é a minha pretensão, não estou aqui pugnando pela aprovação do
Projeto que eu subscrevi, que entrou na Casa de forma regular, regimental,
tanto que o Ver. Nereu D'Ávila, após requerer o desarquivamento do seu,
solicitou sua transformação em Substitutivo.
Acredito que o meu Projeto tivesse especificidade que não se encontra no
Substitutivo do Ver. Nereu D'Ávila. Como na busca do ótimo, muitas vezes, se
perde o bom, estou solicitando o apoio ao substitutivo do Ver. Nereu D'Ávila,
com as emendas do Ver. Antonio Hohlfeldt porque acredito que no objetivo final
nós buscamos a mesma coisa. No meu entendimento, sem falsa modéstia, o Projeto
de lei de minha autoria está mais complementado, mais amadurecido, mas nem isso
me retira a tranqüilidade com que eu faço a recomendação no sentido de ser
aprovado o Substitutivo, até porque, como muito bem foi dito na tribuna, é uma
abertura para o caminho que depois poderemos transitar com mais intensidade,
buscando solidificar, com a presença clara, permanente e decidida no apoio ao
estudante universitário.
Negar essa possibilidade, querendo que o município renuncie a isso, que
seria um programa de absoluta sensibilidade social, é uma postura que acredito
que esta Casa, ao terminar o ano legislativo, quando está terminando esta
Legislatura, não haverá de consagrar. Vamos, tranqüilamente, abrir mão de
posições e apoiar Substitutivo do Ver. Nereu D'Ávila, com as Emendas do ilustre
Ver. Antonio Hohlfeldt. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. José Valdir está com
a palavra para discutir o PLL nº 12/96.
O SR. JOSÉ VALDIR: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, quero responder dois argumentos aqui colocados. Em primeiro lugar
com relação a colocação do Ver. Antonio Hohlfeldt, quo Município e Porto Alegre
não está cumprindo com a sua obrigação com relação ao ensino fundamental e a
pré-escola. O Vereador faz algumas comparações, sem nenhum dado, completamente
infundada com municípios do interior. Nós sabemos que na maioria dos municípios
do interior as escolas são de primeiro grau incompleto. Em Porto Alegre
praticamente todas as escolas são de primeiro grau completo.
Em segundo lugar, não dá para comparar o processo de Porto Alegre com o
processo que vivenciaram os municípios do interior, até por ser Porto Alegre a
Capital, os governos estaduais fizeram, muitas vezes, de Porto Alegre uma
vitrine, construindo escolas de primeiro grau, adentrando numa responsabilidade
que era do Município e, inclusive, nós tivemos até um convênio que o Prefeito
Collares depois rompeu, que era inédito, que só existia em Porto Alegra, em que
Porto Alegre construia as escolas, e o Estado assumia a manutenção. Nós temos
distorções históricas nesse processo que não podem ser corrigidas de um momento
para outro em Porto Alegre.
Agora, que nós estamos num processo de municipalização, avançando
celeremente em qualidade, em quantidade de escolas de primeiro grau e também na
pré-escola, isso estamos. Convenhamos que num processo como esse, rever toda
essa estrutura completamente distorcida que existe em Porto Alegre, não dá para
se fazer de um dia para outro.
Ninguém fala aqui nas Leis, ninguém fala na Constituição Federal, por
que será? Falam numa resoposabilidade difusa do PT com os jovens, quando não
interessa a esta Casa a Constituição, não utilizam a Lei Orgânica, quando os
Projetos apresentados aqui ferem, frontalmente, a Constituição e a Lei
Orgânica, aí não aparece nenhum idealista para mandar contra, e ficam falando
de uma responsabilidade difusa do PT com o jovens. Muito Obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O próximo orador inscrito é
o Ver. Milton Zuanazzi que cede o seu tempo ao Ver. Nereu D'Ávila. O Ver. Nereu
D'Ávi a está com a palavra para discutir o PLL 12/96.
O SR. NEREU D'ÁVILA: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, ficou estarrecido, quando esta Casa, através de um Vereador depois
de um Projeto ter sido estudado por 3 anos com Emendas, que foram oferecidas ao
Projeto para aperfeiçoá-lo. O PT, furiosamente, vem com argumentos
estapafúrdios, legalistas, apenas legalistas.
Temos dezenas de projetos, nesta Casa, que obtêm da Comissão de Justiça
um parecer desfavorável pelo vício de iniciativa. O Ver. Elói Guimarães se
manifesta, e pelo vicio de iniciativa, dá o Parecer. Essa e uma questão legal,
mas é parcial, porque no âmbito do Plenário vêm as questões políticas.
Agora. vem o Ver. José Valdir com questões que considero ideológicas.
Então, o que acontece? Queremos apenas criar um Fundo. O Ver. Jocelim Azambuja
apresentou, inclusive, destaques para aquelas verbas que viram do Município.
Então, o Fundo seria oriundo de verbas federais a fundo perdido e outras verbas
de retorno para o Fundo.
O Ver. Jocelin Azambuja até está dando uma mão para o PT no sentido de
que não seja tocado nos cofres da Prefeitura - se é este o problema. Então, o
PT vai colocar assim: “Nós queremos um fundo para criar bolsas de estudo para
os universitários, porque não queremos;” só. Ou então, porque “um Vereador não
tem esse poder.” O mérito está morto, não vale. Creio que o PT vota contra só
por ser um Projeto de um Vereador de oposição, só. Não é para proteger os
cofres, porque, agora, dos seis aportes de verbas para se criar o Fundo, quatro
já não eram da Prefeitura, eram indiretos. Agora, o Ver. Jocelin tira os dois
da Prefeitura, verbas das dotações orçamentárias e do Plano Anual de Verbas
Orçamentárias, ficando só quatro indiretas para formar um Fundo.
Como o Ver. Antonio Hohlfeldt provou aqui, através do imposto vai
retornar aos cofres a possibilidade dessas bolsas, então não vai haver nenhuma
despesa para a Prefeitura, abrindo-se a possibilidade de auxiliar-se no
terceiro grau.
Na Assembléia, o Dep. Beto Albuquerque tem um Projeto da criação da
Universidade Estadual, que esta sim será estribada, como âncora em verbas
públicas. E assim mesmo, lá, o PT, como não é o cofre deles, é favorável.
Procurei, ontem, vereadores do PT e pedi-lhes um voto de confiança no
Fundo, ingenuamente. O Ver. José Valdir, me disse ser contra o Projeto. Então,
pedi que a Verª. Maria do Rosário estudasse, hoje ela disse que não tinha
condições de ser favorável, mas pedi ao PT que não fechasse a questão, porque
pensei que nós estaríamos dando uma contribuição para a Administração para que,
sem nenhum ônus à Prefeitura, pudessemos auxiliar, através de bolsas de estudo,
os estudantes de terceiro grau, ledo engano meu. Vejo agora que há uma intenção
deliberada do PT de derrotar uma possibilidade dessas, não entendo o porquê,
por causa do legalismo? Mas o legalismo já foi vencido aqui na Câmara em muitas
outras oportunidades. Eu creio que a nossa intenção fica restrita a que fosse
criada essa possibilidade.
O Ver. Antonio Hohlfeldt, durante a discussão desse processo durante
tres anos, pediu à SMED que mandasse a sua opinião, veio a opinião da
Secretaria, e o Vereador, em cima dessa opinião, procurou aperfeiçoar o
projeto, colocou 10 Emendas neste. Então, esse Projeto vem de outubro de 1993.
Solicito aos vereadores que considerem a oportunidade que um Fundo seja
criado para creches, para que futuras bolsas de estudo sejam dadas. Creio que a
Casa está esclarecida, e eu estou surpreso, porque não pensei que uma questão,
que me parece para ajudar, fosse tão furiosamente combatida por alguns
vereadores do PT. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Giovani Gregol
solicita licença para tratamento de saúde no dia de hoje, 12 de dezembro.
A Mesa declara empossado o Suplente João Pirulito em substituição ao
Ver. Giovani Gregol, nos termos regimentais. O referido suplente integrará a
Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos.
Encerrada a discussão em votação. O Ver. Jocelin Azambuja está com a
palavra para encaminhar, o PLL 12/96.
O SR. JOCELIN AZAMBUJA: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, eu já havia me posicionado
na discussão, primeira, do Projeto do Ver. Reginaldo Pujol, que não poderia ser
a favor, uma vez que entendo que a obrigação legal do Município, é a
responsabilidade com o primeiro grau, que não tem sido atendida a contento em
Porto Alegre. Essa é a responsabilidade primeira.
Fico também saitsfeito que o Ver, Reginaldo Pujol tenha pedido, nesta
tribuna, que aprovássemos o Projeto do Ver. Nereu D'Ávila. O Ver. Nereu D'Ávila
cria um fundo e aí já começa a se resolver os problemas de uma participação em
nível municipal na esfera do terceiro grau. E eu, então, para resolver um outro
problema que considero de ordem legal, pedi destaque para o inciso I e o inciso
II do artigo 4º, ou seja, que o Município de Porto Alegre não tenha a
responsabilidade de passar verbas para esse Fundo em nível de Diretrizes
Orçamentárias e de Orçamento Geral do Munlcípio ficando somente, então, com
recursos do crédito de outras origens que lhe forem atribuídos: doações de
pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, nacionais ou internacionais
e transferências originárias do Município, do Estado ou da União estabelecidos na
Legislação.
Comisso salvaguardamos a criação do fundo em nível universitário, que é
a proposta mais adequada feita pelo Ver, Nereu D'Avila. Não utilizamos verbas
do Orçamento Municipal e criando o Fundo, permitimos o recebimento de verbas
sejam do Estado ou da União, para essa finalidade.
Parece-me que é mais sólida a posição, não fere o princípio
constitucional, porque eu, se fosse na forma original, de o Município repassar
dinheiro para a criação de um programa de crédito educativo, seria radicalmente
contra, porque acho que essa não e a função do Município na esfera educacional.
A função é de primeiro grau, fundamentalmente, e, se possível, no segundo grau.
E é o que o município de Porto Alegre tem que fazer, assumir de fato o primeiro
grau, que não assumiu como deveria ate agora.
Então pedimos o destaque para retirarmos do texto os Inc. I e II do
artigo 4º. Vejam que estou até dentro da linha do governo, votando com o
governo, apoiando a tese governista, porque entendo que ela é correta. Também
entendo que a obrigação constitucional e o primeiro grau, mas eliminando os
Inc. I e II, o Fundo projetado pelo Ver. Nereu D'Avila fica perfeitamente
constituído com a possibilidade de dar atendimento também ao terceiro grau sem
verbas orçamentárias do Município. Muito obrigado .
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Está com a palavra a Verª.
Maria do Rosário, para encaminhar.
A SRª. MARIA DO ROSÁRIO: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, não se faça aqui um discurso vazio, porque, de fato, os estudantes
de todas a idades merecem respeito e quando nos posicionamos contrários ao
Projeto do Ver. Nereu D'Ávila e ao Projeto do Ver. Reginaldo Pujol o fazemos a
partir da compreensão de que é obrigação não só constitucional, mas moral do
Governo Federal.
As questões de educação não estão sendo cumpridas e o PROCRED
desenvolvido ao tempo do Governo Collares encerrou as suas mil e quinhentas
bolsas remanescentes na metade deste ano e não podemos, Ver. Pedro Américo
Leal, trazer ao Município mais essa responsabilidade e fazermos de conta de que
não vivemos em um Estado em um País onde os recursos que estão no âmbito da
União e do Município,. grande parte deles arrecadados a partir do Município,
não sejam utilizados para os programas sociais. Vivemos um período onde se cria
um Fundo de Desenvolvimento onde todos os recursos sociais são colocados ali
dentro com o aval do Congresso Nacional e nenhum recurso é destinado à área
social.
O Governo Federal e o Estadual não estão investindo no Crédito
Educativo, fecharam as portas para os estudantes e eles é que têm potencial
econômico para esse investimento, porque foram esses governos que, ao longo do
tempo, determinaram que 75% das matrículas estejam no ensino particular,
inclusive, estabelecendo uma inversão absurda, que aqueles alunos das escolas
públicas do segundo grau sejam obrigados, por serem alunos trabalhadores, a
freqüentar as escolas particulares até porque as escolas públicas,
lamentavelmente, avançam em passos de tartaruga no ensino noturno superior, que
poderia garantir o acesso aos estudantes trabalhadores no turno em que é
possível a eles estarem dentro das salas de aula. Aqui, Srs. Vereadores,
estamos ao lado dos estudantes, ao lado da juventude, mas sabemos que a
atribuição principal do Município, pela lei, é o ensino fundamental previsto,
na Constituição, mas não temos possibilidade de estabelecer uma nova estrutura,
Ver. Nereu D'Ávila, para o gerenciamento desse programa que V.Exª, propõe aqui,
quando esta Casa, durante muito tempo, se cala sobre as responsabilidades do
Gov. Federal e do Gov. do Estado, que merecem aqui o nosso protesto na relação
dos estudantes de Porto Alegre com as esferas poder. Muito obrigada.
(Não revisto pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE: (Fernando
Záchia): O
Ver. Antonio Hohlfeldt encaminha pela bancada do PSDB.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, quando a Bancada governista não tem argumento para debater
politicamente ou ela ataca pessoalmente o Vereador - como um dia desses fez o
Ver. Henrique Fontana, que corre o risco até de denúncia ao CREMERS por
apresentar diagnóstico médico fora da sua área de competência - ou sai por esse
tipo de tangência: todo o discurso da Vera Maria do Rosário é sobre o Gov.
Federal, Nós estamos discutindo Porto Alegre! E o pior é que a Vera Maria do
Rosário ou é ignorante ou é mentirosa! Como eu não acho que seja mentirosa, ela
é ignorante. Ela ignora que hoje, dia 13 de dezembro, fecha o prazo (...)
O SR. PRESIDENTE: Ver. Antonio Hohlfeldt,
fica-lhe assegurada a palavra. Questão de Ordem a Vera Maria do Rosário.
A SRª. MARIA DO ROSÁRIO
(Questão de Ordem): Sr. Presidente sinto-me atacada pessoalmente pelo Ver. Antonio
Hohlfeldt, o Regimento não lhe permite isso, portanto, solicito que o Ver.
Antonio Hohlfedt mantenha, na tribuna, o respeito devido. Do contrário, também
eu - e não é do meu feitio - terei de lhe faltar o respeito, regimentalmente ou
não. Solicito que o Ver. Antonio Hohlfeldt repare a sua intervenção, porque
esta Vereadora não está aqui para ser atacada desta forma por este Vereador.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT
(Questão de Ordem): Sr. Presidente, peço que a Mesa não decida sobre a Questão de Ordem da
Verª. Maria do Rosário até que chegue um dicionário aqui ao Plenário, porque eu
quero ler para a Vereadora o que quer dizer "ignorância"
(Tumulto no Plenário.)
O SR. PRESIDENTE (Às
11h32min):
Estão suspensos os trabalhos.
O SR. PRESIDENTE (Às
11h34min):
Faço um apelo para que mantenhamos o bom nível da Sessão. Estamos no final do
ano legislativo. Tem-se uma relação muito boa entre os Vereadores. Faria um
apelo pessoal ao Ver. Antonio Hohlfeldt para que meditasse em relação a
palavras utilizadas em relação a colega. Faço uma solicitação encarecida de que
retire as palavras, por mais que entenda que não eram palavras pesadas.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Vereador Presidente, V.
Exª. e o Presidente da Casa. Eu não retiro, porque o dicionário é muito claro:
ignorante é quem desconhece. Ou a Vera. Maria do Rosário é ignorante porque
desconhece ou e mentirosa ou tem má-fé. Eu dizia no meu discurso que,
certamente, a Vereadora não é mentirosa, não creio que tem má-fé, portanto e
ignorante, desconhece que hoje, 13 de dezembro, vence o prazo da segunda
inscrição de crédito educativo do Governo Federal. Isso não tem nenhum
desrespeito a Verª. Maria do Rosário. Agora, ela não vai impor no meu discurso,
se a Presidência da Casa quiser assumir essa responsabilidade, pode assumir.
Nenhum desrespeito à Vereadora: há uma situação fática objetiva.
O SR. EDI MORELLI (Questão
de Ordem):
E para por ordem na questão, como diz o Ver. João Dib. Hoje são 12 e não 13.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Então, este Vereador está
ignorante do calendário, Ver. Edi Morelli.
O SR. PRESIDENTE: Faço um apelo para que se
mantenha o bom nível da Sessão.
A SRA. MARIA DO ROSÁRIO
(Questão de Ordem): Sr. Presidente, para o bom andamento dos trabalhos, requeria V. Exª.
que me desse algum caminho para retirada de palavras que, do ponto de vista do
dicionário, poderão ter um uso, mas seu uso coloquial , normalmente, e
destinado à ofensa. Nesse sentido, se não é possível a V. Exª. retirar, como eu
gostaria - já que o Ver. Antonio Hohlfeldt não e sensível, até por usar esse
tipo de palavra em relação à colega, e num tema absolutamente mais sério do que
o tratamento que ele está dando requeiro que haja um pronunciamento da Casa
sobre isso. Parece-me que não é adequado. Eu apelo. Tenho tido uma conduta de
relacionamento muito respeitosa quanto aos meus colegas, e não admito que tendo
usado a tribuna com argumentos políticos, seja destratada, seja pelos gritos do
Vereador - que podem ser trazidos à luz do seu estilo pessoal, não chamarei de
histeria - , mas que pode também ser creditado a palavras de baixo calão. É
inaceitável.
O SR. PRESIDENTE: Esta Presidência entende
que não compete a Presidência controlar os gritos do Ver. Antonio Hohlfeldt.
Entendo que a explicação do Vereador justifica o uso da palavra ignorância por
mais pejorativamente que poderia ser no primeiro momento.Com a sua explicação,
para este Vereador, apesar de não concordar com a utilização, entendo que não
tenha sido palavra de baixo calão.
A SRª. MARIA DO ROSÁRIO: Sr. Presidente, eu
solicitaria que o pronunciamento do Ver. Antonio Hohlfeldt seja avaliado,
dentro do Regimento, como decoro parlamentar.
O SR. PRESIDENTE: A Mesa não entendeu a sua
solicitação, Vereadora.
A SRA. MARIA DO ROSÁRIO: Não estou com o Regimento,
agora, para saber qual a comissão da Casa que examina o decoro parlamentar. Mas
parece-me, Sr. Presidente, que este pronunciamento se enquadra dentro do decoro
parlamentar.
O SR. MILTON ZUANAZZI
(Questão de Ordem): Sr. Presidente, compreendi o discurso do Ver. Antonio Hohlfeldt e com
a explicação de que não pretendia fazer nenhum ataque pejorativo com a palavra
ignorância à Vereadora Maria do Rosário e sim utilizar o verbo ignorar sobre o
tema em discussão, eu proporia ao Ver. Antonio Hohlfeldt e à Verª., Maria do
Rosário uma saída à mineira. Retirar a palavra ignorante e manter que ela
ignora o assunto. Eu acho que isto resolveria a questão.
Sr. Presidente, se olharmos no dicionário, como queria o Vereador
Antonio Hohlfeldt, é de quem ignora, mas também tem sentido pejorativo.
"stricto sensu" é de quem ignora e "lato sensu" ela pode
ser pejorativa.
O SR. PRESIDENTE: Só que na reparação do Ver.
Antonio Hohlfeldt, naquele momento, ficou bastante claro o sentido da palavra
Ignorância.
Ver. Antonio Hohlelft, o Ver, Milton Zuanazzi solicita que V.Exa.
retire a palavra ignorância e utilize algum sinônimo.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr, Presidente, eu acato a sugestão
do Ver. Milton Zuanazzi sem nenhum problema, mas quero fazer uma correção a
nobre Verª., Maria do Rosário. Nós não estamos num discurso informal. que eu
saiba, discursos nesta Casa, são discursos formais. Portanto, Verª. Maria do
Rosário, o sentido da palavra é o primeiro do dicionário. Um dicionário,
normalmente, enumera o sentido da palavra Sentido um, sentido dois.
A Vereadora, agora, quer me interromper extra-regimentalmente. Depois o
histérico sou eu.
O SR. PRESIDENTE: Está assegurado o tempo de
V. Exª. Não serão permitidos apartes.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: O primeiro sentido é o
sentido do literal do termo, Ver. Milton Zuanazzi. Eu acato V. Exª. A Verª. M.
do Rosário parece ignorar aquilo que é público e notório, e que ela, como o professora, deveria saber. Amanhã, 13 de
dezembro, vence o prazo do segundo pacote de financiamento do Crédito Educativo
Federal. Acho que nós estamos fazendo debate aqui de surdos - e não sou eu o
surdo; eu berro e para o PT poder ouvir e vir para o debate com argumentos e
não escapatória, porque se parte sempre para a agressão aos governos Estadual e
Federal. mas não se discute a responsabilidade do governo Municipal. É isso que
eu quero ver discutido aqui; mais nada.
E chamo a atenção dos Srs. Vereadores que há Municípios do interior com
muito menos orçamento relativo que auxiliam 1º, 2º e 3º graus. Por exemplo, o
município de onde vem o Ver. Milton Zuanazzi, está construindo uma escola de 2º
grau junto com o Estado, não com a Prefeitura. E que não é nem do meu, nem do
seu partido, porque é do PMDB. E lá estão fazendo investimentos. Então, essa
coisa de lavar as mãos não serve; serve é assumir percentuais de
responsabilidade, Portanto, a favor do Substitutivo, com as Emendas, porque
entendemos que vamos dar uma pequena contribuição, cujo percentual será depois
definido pela Administração Municipal. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver, Airto Ferronato está
com a palavra, para encaminhar o PLL 12/96.
O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, vou, votar favorável, Eu estou aqui apenas para dizer que tem razão
o Ver. Antonio Hohlfeldt. Todos os projetos que, porventura, tratem de qualquer
despesa para o Executivo Municipal de Porto Alegre, são alvo de sérias críticas
ao governo do Estado e à União. No governo do Estado, estamos fazendo a nossa
parte, com as dificuldades que a situação financeira do Estado detém no
momento.
Então quando nós fazemos algumas análises da situação da União, do
Estado ou do Município, precisamos, em primeiro lugar, fazer uma análise
comparativa da situação financeira destas Entidades públicas. Deixamos de fazer
estas análises e trazemos aqui críticas que não levam a nada. Estamos
discutindo um Projeto para Porto Alegre e é verdade que o Estado do Rio Grande
do Sul investe muito mais na educação no Município de Porto Alegre do que o
próprio Município de Porto Alegre investe em educação aqui na Cidade. Então,
não podemos fazer essa comparação e dizer que a Prefeitura tem o encargo do
ensino de lº grau. Até tem, mas, Porto Alegre está muito bem servida com
recursos do Governo do Estado e a Prefeitura deve reconhecer isso, inclusive
seus Vereadores. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Dilamar Machado está
com a palavra para encaminhar.
O SR. DILAMAR MACHADO: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores Quero fazer um depoimento que considero importante. Sou professor de
Universidade privada e vou dizer o que há de verdade falseada ou de ignorância
na questão recentemente debatida pelos Vers. Antonio Hohfeldt e Maria do
Rosário. Quando se fala em Universidade pública, é importante lembrar, que aqui
em Porto Alegre, quando se abre o vestibular na Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, por exemplo, na área do Direito, existem centenas de candidatos
para uma vaga. E quem entra na, Universidade pública, neste País, não é o filho
do trabalhador, não é o pobre da Grande Cruzeiro, Ver. Negrinho, quem entra é o
filho do papai, é o rico. É quem tem capacidade para manter cursos pré-vestibular,
professores particulares, nutrição adequada, automóvel último tipo. São os
filhinhos de papai em sua imensa e esmagadora maioria, que tem acesso à
universidade pública e as suas escassas vagas.
Na universidade privada, lá em Canoas, onde leciono, tem 15 mil alunos,
mais de 3 mil matriculados na área do Direito, filhos de gente muito rica, de
grandes famílias da região do Vale dos Sinos, de Caxias, da própria cidade de
Canoas, de Porto Alegre. Mas, eu já lecionei, nestes últimos anos para
empregadas domésticas que chegam e me dizem: professor eu estou aqui porque a
minha patroa me mantém nesta Universidade. Amigos meus que eu sei que não são
ricos, fazem imenso sacrifício para manter seus filhos na universidade. Então é
muito discutível esta questão da universidade pública ser priorizada. Até seria
o ideal, mas nós estamos longe do ideal e da realidade. A realidade é esta;
dolorosa, mas é esta. Quero dar absoluta e integral razão ao Ver. Antonio
Hohlfeldt, eu não só continuo na ULBRA, no ano que vem, lecionando, como também
estou assumindo a coordenação do curso de Direito, e nesta condição,
participei, ontem à noite, Ver. Antonio Hohlfeldt, de uma reunião na ULBRA em
que ficou noticiado que amanhã, sexta-feira, dia 13, a segunda etapa do Crédito
Educativo será liberada. São centenas, milhares de alunos, não só do crédito
federal como de créditos particulares, da APLUB, da própria universidade, que
se sustenta através do Crédito Educativo. Por isso, o Projeto do Ver. Nereu, a
iniciativa do Ver. Pujol, devem ser acatados integralmente por esta Casa, com
as alterações feitas pelo Ver. Jocelin Azambuja. Se criarmos o fundo, criamos
mais um espaço para centenas de jovens que precisam chegar ao 3º grau para que
um dia este País seja mais sério, mais verdadeiro e menos ignorante. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver.
Reginaldo Pujol, para encaminhar o PLL nº 12/96.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, estamos votando um Projeto de Lei que tem um Substitutivo e algumas
Emendas. O Projeto de Lei originário é de minha autoria e já vim à tribuna e
recomendei que fosse aprovado o Substitutivo do Ver. Nereu D'Ávila com as
emendas. Tanto ele como eu outra coisa não fizemos se não buscar legislar na
esfera de nossa competência, As mazelas, os equívocos; os erros que se
registram na administração federal e estadual tem que ser tratados no seu
devido fórum. Nós somos vereadores em Porto Alegre. Fomos eleitos para legislar
na Cidade de Porto Alegre e entendemos, o Ver. Nereu, o Ver. Antonio Hohlfeldt
e a maioria da Casa, pelo que percebo, que Porto Alegre não pode ficar de
braços cruzados diante de uma realidade, que é centenas de estudantes carentes
que, por tudo o que aqui foi dito, precisam se socorrer da universidade privada
para completar o 3º grau, o ensino superior.
Não se diga que nós estamos acometendo ao Município tarefas que ele não
possa suportar. Eu diria até que nós estamos com uma proposta tímida. Na minha
proposta duzentos universitários seriam assistidos por ano, isso numa média de
dois mil reais para cada um, que seria o máximo que atingiria, 50% do valor de
sua anuidade, implicaria um gasto anual de 400 mil reais pelo Município. Esse
Município que teve, ontem, suplementado, na sua verba de publicidade,
seiscentos mil reais. Então, é impossível que um Municipio forte, que pode
gastar milhões de reais por ano em publicidade, divulgando os seus feitos, não
queira agora, utilizar alguns minguados recursos para apoiar o estudante
carente que, por necessidade, tem que bater às portas da universidade privada
para conseguir melhorar a sua qualificação pessoal e buscar ampliação dos seus
conhecimentos.
A proposta do Ver. Nereu D'Ávila, contida no seu Substitutivo, é boa, é
excelente, nós devemos apoiá-la, com as Emendas do Ver. Antonio Hohlfeldt. É o
que eu peço a esta Casa, neste final de legislatura. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Encerrados os
encaminhamentos. Em votação o Substitutivo no 01 aposto ao PLL nº 12/96. Votação
nominal por solicitação do Ver. Antonio Hohlfeldt. (Após a chamada.) APROVADO
por 19 votos SIM e 07 votos NÃO, portanto declaramos prejudicado o Projeto
original.
Em votação o destaque do Inciso I e II do art. 4 no texto; se o voto
for sim, aprova e mantém no texto, se o voto for não rejeita e retira do texto,
O SR. JOSÉ VALDIR (Questão
de Ordem):
Sr. Presidente, na votação do destaque precisam-se, 17 votos sim?
O SR. PRESIDENTE: Vereador, é necessária a
maioria simples. A votação será nominal por solicitação do Ver. Jocelin
Azambuja. (Após a chamada.) APROVADO o destaque por 16 votos SIM e 12 votos
não. Fica então mantido no texto os incisos I e II do art. 4º.
O SR. PRESIDENTE (Mário
Fraga):
Senhores Vereadores nós vamos votar as Emendas de um a dez a Substitutivo 1
recém aprovado.
Em votação a Emenda nº 1. (Pausa.) Os Srs: Vereadores que a aprovam
permaneçam sentados.(Pausa.) APROVADA.
Em votação a Emenda nº 2 (Pausa.) Os Srs: Vereadores que a aprovam
permaneçam sentados.(Pausa.) APROVADA.
Em votação a Emenda nº 3. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam
permaneçam sentados.(Pausa.) APROVADA.
Em votação a Emenda nº 4. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam
permaneçam sentados.(Pausa.) APROVADA.
Em votação a Emenda nº 5. (Pausa.) Os Srs: Vereadores que a aprovam
permaneçam sentados.(Pausa.) APROVADA.
Em votação a Emenda nº 6. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam
permaneçam sentados.(Pausa.) APROVADA
Em votação a Emenda nº 7. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam
permaneçam sentados.(Pausa.) APROVADA.
Em votação a Emenda nº 8. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam
permaneçam sentados.(Pausa.) APROVADA.
Em votação a Emenda nº 9. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam
permaneçam sentados.(Pausa.) APROVADA.
Em votação a Emenda nº. 10. (Pausa.) Os Srs: Vereadores que a aprovam
permaneçam sentados.(Pausa.) APROVADA.
Com declaração de voto da Vera Maria do Rosário:
"DECLARAÇÃO DE VOTO.
Votamos contra por compreender que esta não é uma atribuição legal do
Município e pôr defender que o Governo Federal deve cumprir sua obrigação
garantindo recursos recursos para o Crédito educativo. O que hoje não realiza.”
VOTAÇÃO NOMINAL
1º TURNO
PROC. 2575/96 - PROJETO DE EMENDA A LEI ORGÂNICA Nº
004/96, de
autoria do Ver. Fernando Záchia, que acrescenta o inciso XX ao art. 94 da Lei
Orgânica do Município de Porto Alegre, e dá outras providências. (prazo para o
Prefeito manifestar-se quanto a Pedido de Providências)
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois terços dos
membros da CMPA em ambos os turnos - Art. 130 § 6º do Regimento da CMPA;
- votação nominal nos termos do Art. 174, LI, do
Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia nos termos do Art. 81 da
LOM;
- adiada a votação por uma Sessão.
O SR. PRESIDENTE: Em votação nominal o PELO
nº 004/96.
A palavra com o Ver. Airto Ferronato para um esclarecimento.
O SR. AIRTO FERRONATO
(Esclarecimento): Nós tivemos diversas reuniões com a Mesa e lideranças e eu participei
de todas elas e havia um entendimento de que votaríamos em primeiro lugar
aqueles Projetos que estariam na folha de Pauta inicial e que posteriormente
votaríamos os demais Projetos.
Estou sentindo que ontem nós votamos uma enormidade de matérias, tinha
o Projeto nº 2061/96 que faltavam três ou quatro para chegar nele e hoje estou
vendo que está faltando mais ou menos trinta e cinco; então, incluíram outras
matérias que não era essa a nossa intenção.
O SR. PRESIDENTE: Vereador, está entrando na
Ordem Regimental pela Assessoria Legislativa. E os Vereadores no Plenário estão
trocando a ordem o que é um direito deles. Os Requerimentos foram aprovados.
O SR. AIRTO FERRONATO: Mas havíamos estabelecido
que nós vota riamos primeiro aqueles Projetos que já estavam na Ordem do antes
do ingresso desses Projetos.
O SR. PRESIDENTE: Mas Vereador, hoje de manhã
a ordem foi invertida.
SR. AIRTO FERRONATO: Mas eu estou dizendo que
esses Projetos novos que entraram na segunda leva, após o acordo, eles deveriam
ser votado depois de concluída a votação daqueles projetos que já estavam na
Ordem do Dia há mais de 40 dias. Isso e um absurdo, todos nós temos projetos na
Ordem do Dia há 40 dias, se todos nós vamos pedir o nosso para primeiro lugar
vai causar um grande problema.
O SR. MILTON ZUANAZZI
(Questão de Ordem.) Para colaborar vários autores daqueles projetos pediram que se
passasse para o final, isso deve ser compreendido. Nós podemos, a qualquer
momento, requerer a vinda para a Ordem do Dia.
O SR. JOSÉ VALDIR: (Questão
de Ordem.)
Sr. Presidente na votação anterior V.Exa apregoou o resultado 15 votos sim, e 9
votos não, eu conferi no livro, foram 15 votos sim e 12 votos não.
O SR. PRESIDENTE: Acho que V. Exa entendeu
mal, mas retificamos o resultado que está certo como o seu; 15 votos sim e 12
votos não.
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Artur Zanella está
com a palavra, para encaminhar o PELO nº 04/96.
O SR. ARTUR ZANELLA: Senhor Presidente e Srs.
Vereadores por erro meu, não encaminhei uma emenda dando um prazo não somente
para pedido de providências, mas para as diligências. Quero deixar isso aos
futuros Vereadores, porque não estarei aqui no ano que vem. Ver. João Motta,
existe uma forma de a Prefeitura ou Vereador trancar votação de Projetos nesta
Casa. Não quis trancar o Projeto do Ver. João Motta sobre cooperativas. Mas
pedi diligências ao Executivo há um ano ou dois. Até hoje não responderam. Pedi
diligência de um Projeto que vai beneficiar o DEMHAB há dois ou três anos. Até
hoje nada. Fiz pedido de Providências de um Projeto do Ex-Prefeito Olívio
Dutra. Até hoje não veio a resposta.
Sou pela aprovação desse
Projeto. Mas gostaria de sugerir aos Vereadores que entrassem futuramente com
uma alteração, dando o prazo de pedido de providências e diligências, porque a
coisa mais fácil nesta Casa é trancar o desenvolvimento e a votação de um
Projeto. É só pedir uma diligência, combinar com alguém do Executivo. Fica no
protocolo. Não tem como votar a não ser pelo artigo 81. O Ver. João Motta, não
sei por que, foi prejudicado no seu Projeto sobre as cooperativas habitacionais
em Porto Alegre. Foi feito o pedido para o DEMHAB reiteradas vezes. Nunca
responderam a esta diligência. Pela aprovação do Projeto. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Em votação nominal (Após a
chamada.) Por 28 votos SIM e 01 ABSTENÇÃO, APROVADO
em 1º Turno o PELO nº 004/96.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 2422/94 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO
LEGISLATIVO Nº 034/94, de autoria do Ver. Antonio Hohlfeldt, que cria o Conselho Municipal
de Cultura, com base nas Leis Complementares nºs 67 e 293, de 16.01.92 e
28.04.93, respectivamente, e de outras providências. Com Substitutivo nº 03.
Pareceres
da CCJ.
Relator Ver. Darci Campani: pela rejeição do Projeto; Relator Ver. Wilton
Araújo: pela rejeição Substitutivo nº 03;
- da CEFOR Relator Ver. Luiz Braz: pela
aprovação do Projeto e aprovação do Substitutivo nº 03;
- da CUTHAB. Relator Ver. Pedro Ruas: pela
aprovação do Projeto e do
Substitutivo nº 03.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta
dos membros da CMPA - Art. 82, § 1º, I, da LOM;
- retirados os Substitutivos nºs 01 e 02;
- incluído na Ordem do Dia por força do Art. 81 da
LOM.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLCL nº
034/94. Não havendo quem queira encaminhar em votação. Com a palavra o Ver.
Artur Zanella para uma Questão de Ordem.
O SR. ARTUR ZANELLA (Questão
de Ordem):
Sr. Presidente, vejo aqui na CUTHAB, que o Ver. Pedro Ruas foi a favor da
aprovação do PLCL 034/94 e do substitutivo nº 03, aí fica difícil.
O SR. PRESIDENTE: E verdade, ele aprovou os
dois, no mérito, achou os dois bons e a CEFOR assim também o entendeu. O Ver.
Antonio Holfeldt está com a palavra.
O SR. ANTONIO HOLFELDT: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, até para tranqüilizar o Ver. Artur Zanella, o que ocorre e que nós
apresentamos um Projeto original em 1994, ele sofreu uma serie de discussões ao
longo desse período junto a bancada governista e à Secretaria Municipal de
Cultura. Apresentamos um segundo Projeto Substitutivo, no sentido de darmos
tempo para que a discussão prosseguisse e, quando foi concluída a primeira
Conferência Municipal de Cultura, no início deste ano, nós então tivemos a
consolidacão da redação do 3º Substitutivo que é esse que deveremos votar e
aprovar hoje, é nesse sentido que faço o apelo. É pôr isso, Ver. Zanella que há
pareceres favoráveis ao Projeto e simultaneamente ao terceiro Substitutivo,
porque o primeiro e segundo Substitutivos foram apresentados no sentido de
ganhar tempo na tramitação do Projeto enquanto fazíamos o debate com a
Prefeitura Municipal.
O meu encaminhamento, já falei individualmente com cada Vereador, quero
agradecer inclusive a confiança dos Vereadores, é de que se aprove o
Substitutivo nº 03 sem emenda, porque este é o texto que foi aprovado pela
Primeira Conferência Municipal de Cultura. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Está com a palavra a Vera
Helena Bonumá.
A Srª. HELENA BONUMÁ: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, um minuto pela importância que entendemos que tem esse projeto que
cria o Conselho Municipal de Cultura. De fato, a Bancada do Partido dos
Trabalhadores apoia e reconhece o amplo processo de discussão que houve na
Conferência Municipal de Cultura e mesmo posterior a ela, para chegarmos neste
terceiro Substitutivo que o Ver. Antonio Hohlfeldt
apresenta. E
uma referência no sentido da importância do Projeto e do resgate da importância
do processo que foi feito com uma ampla participação do setor cultural de Porto
Alegre e que chegou a este acordo final que é o terceiro Substitutivo agora
apresentado. Muito obrigada.
(Não revisto pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE: Em votação nominal. (Após a
chamada.) APROVADO o Substitutivo nº
03 ao PLCL nº 034/94, por 29 votos SIM.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 0486/94 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO
LEGISLATIVO Nº 003/94, de autoria do Ver. Jocelin Azambuja, que altera o Art. 166 da Lei
Complementar nº 284, de 27 de outubro de 1992. Com Emenda nº 01.
Pareceres
- da CCJ. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela
aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;
- da CEFOR Relator Ver. Artur Zanella: pela
aprovação do Projeto e da Emenda nº 01.
Observações:
- para aprovação voto favorável da maioria absoluta
dos membros da CMPA - Art. 82, § 1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia por força do Art. 81 da
LOM.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLCL nº:
003/94. Não havendo quem queira discutir, em votação. (Pausa). Os Srs.
vereadores que aprovam permaneçam sentados. (Pausa). APROVADO.
Em votação a Emenda nº 01 ao PLCL nº 003/94. (Pausa.). Os Srs.
Vereadores que aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
A Mesa apregoa a comunicação do Sr. Prefeito, que viajará a Brasília
dia 13.12.96 e a São Paulo no dia 16.12.96, sem ônus para o Município.
Convido os funcionários da Casa para reunião no dia de hoje, às 15h 30
min no Salão Glênio Peres, oportunidade em que será tratado assunto referente
ao convênio entre o IPE e este Legislativo, publicado no Diário Oficial do
Estado dia 21 do corrente mês, que passará a vigorar a partir de 1/1/97, já sob
a nova Mesa Diretora e a nova Legislatura.
Estão encerrados os trabalhos.
(Encerra-se a Sessão às 12h31min.)
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